Uma paralisação de trabalhadores do transporte coletivo de Campo Grande deixou, aproximadamente, 60 mil pessoas a espera de um ônibus no início da manhã desta terça-feira (6). Os trabalhadores protestam contra a possibilidade de congelamento da tarifa de ônibus.
O diretor do Consórcio Guaicurus, João Resende, responsável pelo transporte, calcula que 200 ônibus tenham ficado na garagem por mais ou menos 45 minutos nesta manhã, atingindo várias pessoas que esperavam o ônibus para ir ao trabalho ou escola.
“Foi uma atitude precipitada por parte dos trabalhadores. Conversamos com eles quando informados do movimento e tentamos removê-los da atitude muito inadequada, mas não conseguimos”, declarou Resende ao Bom dia MS, da TV Morena.
A polêmica começou quando o prefeito Alcides Bernal (PP) anunciou congelamento da tarifa de ônibus. Os trabalhadores informaram que o reajuste deles tem como base o aumento da tarifa e avisaram que paralisariam as atividades.
Bernal recuou e anunciou que não congelaria a tarifa de ônibus, que deveria chegar a R$ 3,53 nesta segunda-feira (5). Todavia, uma decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) proibiu o reajuste, deixando os funcionários insatisfeitos.
O conselheiro do Tribunal de Contas, Ronaldo Chadid, considerou o decreto de Bernal ilegal, alegando descumprimento de uma das cláusulas do contrato. Ele estabeleceu prazo de cinco dias para que a Prefeitura apresentasse toda documentação que justifique o aumento de R$ 3,25 para R$ 3,53.