Kariny Gabriela Souza Herrera, de apenas 16 anos, foi autorizada pela Justiça a se matricular no curso de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com apoio da Defensoria Pública. Aluna da Rede Estadual de Ensino, ela conseguiu a vaga com a nota do Enem, prestado enquanto ainda cursava o 2º ano do ensino médio em Campo Grande.
Apesar da aprovação, a escola negou o certificado de conclusão da educação básica, já que Kariny não havia finalizado o 3º ano. Com isso, os pais recorreram à Defensoria Pública, que solicitou à Justiça a autorização para matrícula da jovem na universidade.
“Aprovado dentro do número de vagas disponíveis, o aluno demonstra maturidade intelectual e cognitiva para o ingresso. No caso da nossa assistida, que passou para um dos cursos mais concorridos do Estado, o direito deve ser garantido”, afirmou o defensor público Paulo André Defante.
O primeiro pedido foi negado em 1ª instância, mas a Defensoria recorreu ao Tribunal de Justiça de MS, que acatou o recurso. Com isso, Kariny iniciou neste semestre o curso dos seus sonhos. “Sempre quis fazer Direito. É uma área com muitos caminhos que me interessam, e estou gostando bastante”, contou a estudante.
A mãe da universitária, a pedagoga Edneuza de Souza, celebrou a conquista. “A Defensoria teve um papel fundamental. Se não fosse por ela, talvez não conseguíssemos. Somos muito gratas pelo atendimento e pelo apoio”, declarou.