De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as medidas necessárias de isolamento social e o confinamento domiciliar em razão da pandemia do novo coronavírus colocaram crianças e adolescentes em risco maior de sofrer violência física, sexual e psicológica. E, quando já existe histórico de violência doméstica então, o risco aumenta drasticamente.
“As escolas eram as principais denunciantes de violação dos direitos das crianças e adolescentes”, conta a juíza da Infância, da Adolescência e do Idoso de Campo Grande, Katy Braun do Prado. No entanto, as aulas presenciais estão suspensas e coincidem com a queda do número de notificações.
Segundo a juíza, algumas crianças têm conseguido pedir socorro telefonando para o conselho tutelar e, mesmo se não souberem dizer onde moram, dizendo o nome completo e a escola em que estudam é possível localizá-las.
As cinco unidades do Conselho Tutelar em Campo Grande funcionam das 7h30 às 11 horas e das 13 horas às 17h30. O número do plantão está disponível fora do horário de expediente: horário de almoço e período noturno.
Outra opção é o Disque 100 – Disque Direitos Humanos, um serviço telefônico gratuito que recebe denúncias de violações de direitos humanos, entre eles os direitos das crianças e dos adolescentes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Disque 100 funciona 24 horas por dia, inclusive feriados e finais de semana.