Em épocas de chuvas mais abundantes, como no verão, aumenta o número de animais peçonhentos: escorpiões, aranhas, cobras, lacraias e alguns tipos de lagartas. Isso acontece porque o acúmulo de água deixa esses animais desalojados. Então eles costumam entrar nas casas em busca de abrigo e comida.
A coordenadora do Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox), Maria Lúcia Ferreira Igi, alerta que para combater esses animais é preciso tomar alguns cuidados como: manter a grama cortada, evitar entulho de materiais de construção, evitar restos de madeiras no quintal, impedir frestas em paredes e fechar ralo de banheiros e cozinhas. Outra recomendação é evitar sapato no chão e sacudir roupas que ficam fora do guarda-roupa e toalhas estendidas em banheiros porque são usados como esconderijos desses animais.
Em caso de picada a recomendação do Civitox é manter a pessoa deitada, não fazer garrotes e nem colocar borra de café. O ideal é lavar com água e sabão e procurar atendimento médico para aplicação de um soro específico, feito em nível hospitalar.
As picadas de animais peçonhentos podem trazer sérias conseqüências à saúde. O veneno de cobra pode causar insuficiência renal crônica, hemorragias locais e necrose do tecido atingido. Já o escorpião libera um tipo de veneno que pode causar parada cardíaca e edema pulmonar. No caso da aranha pode acontecer lesão renal e sintomas neurológicos. Existe também um tipo de lagarta conhecida como lonômia, que pode causar até hemorragias cerebrais. Em últimos casos o veneno de animais peçonhentos pode levar a morte.
O Civitox funciona no Hospital Regional (HR). Além de dar orientações sobre os procedimentos corretos em casos de picada de animais peçonhentos à população, também faz levantamento estatísticos do número de vítimas. O telefone do Civitox é 3386 8655. (Notícias MS)