Para auxiliar o tratamento do autismo, o projeto inovador do administrador Antônio Almeida e da psicóloga Francyelle Marques de Lima, foi selecionado na primeira edição do Programa Centelha. E já tem surtido bons resultados, durante as fases de testes.
Utilizando óculos de realidade virtual, as crianças interagem com o software que reproduz diversas situações sociais como um passeio no shopping, uma ida ao mercado, à escola e alguma situação que envolve emoções.
Antônio uniu seus conhecimentos aos de Francyelle, no campo do desenvolvimento humano, para colocar em prática a ideia de criar um software que ajudasse pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) seguindo a terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada), método que reforça bons comportamentos para que um indivíduo diagnosticado com autismo se torne independente e tenha uma melhor qualidade de vida.
“Um exemplo que acontece no software é quando um menino está jogando videogame, passa de fase e fica feliz. Ele comemora e o jogador, que é a criança, responde qual o sentimento do menino. O software identifica a resposta da criança e dá um prêmio se ela acertar. Se ela errar, o software vai dando dicas até que ela acerte”, explicou Antônio.
Francyelle acrescenta que a questão não é o ambiente em si, mas o que está acontecendo nas imagens que a criança vê nos óculos. "O software tem a inteligência artificial que faz uma interação. A própria criança fala, o software vai levando ela a fazer esses treinos de olhar uma situação como se fosse na vida real, o que está acontecendo, e levar ela, nesse primeiro momento, a reconhecer os sentimentos. Essa é uma das maiores dificuldades das pessoas com autismo”, disse.
Testes são feitos com crianças e adolescentes atendidos pelo iABA (Instituto de Análise do Comportamento Aplicada). Guilherme Rocha Santos, de 16 anos, é um deles e gostou muito do método. “Achei importante isso, me superei em várias coisas”, disse, via assessoria. A mãe de Guilherme, Cristiane Leopoldina Rocha Soares, de 40 anos, também está animada com o novo mecanismo e fala sobre as dificuldades que o filho enfrenta em reconhecer expressões, de entender o que o outro está querendo fazer. “Como ele [Guilherme] é um autista leve, ele passa despercebido, pois as pessoas não conseguem ver uma deficiência nele, e o autismo é uma questão de comportamento”, afirmou.
Na avaliação do diretor do iABA, André Varela, o uso da realidade virtual no tratamento do autismo tem inúmeras aplicações importantes. "A gente está pegando uma delas para avaliar o efeito que teria para ajudar na intervenção em relação a habilidade de interação social, mas as pessoas com autismo tem dificuldades em várias outras habilidades. A gente vendo que isso é possível de melhorar de fato para uma possibilidade abre margem para desenvolvermos novos produtos e ajudar em várias outras situações que a pessoa com autismo precisa e a gente poderia até estender um pouco, se ajuda as pessoas com autismo, com certeza ajudariam várias outras pessoas que também podem ter dificuldades psicológicas e comportamentais", destacou.
Serviço
Para conhecer mais sobre o projeto que auxilia o tratamento de crianças com autismo, basta acessar o site da empresa: www.autismovr.com.br , pelo contato (67) 998651336 ou no Instagram @autismo.vr.