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Cotidiano Quinta-feira, 31 de Agosto de 2017, 10:06 - A | A

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MILAGRE

Bebê que foi gerado no ventre da mãe morta sai da UTI da Santa Casa

A história do pequeno foi inédita em Mato Grosso do Sul e gerou grande comoção

Laura Holsback
Capital News

O pequeno Yago que venceu a morte e resistiu durante 13 semanas  no ventre da mãe, já declarada como morta, enfim deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Campo Grande. O bebê que havia nascido bastante debilitado permaneceu internado por quase três meses e, nesta quarta-feira (30), passou para uma unidade intermediária, onde terá continuidade à recuperação.

Divulgação

31-08-2017 23:00:00 	Bebê que foi gerado no ventre da mãe, morta, sai da UTI da Santa Casa

Yago foi levado saiu do estado de gravidade e foi levado para outro setor, para continuar na recuperação

A mãe de Yago, Renata Souza Sodré, teve morte cerebral aos 22 anos, devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC), no dia 27 de janeiro deste ano . Ela estava na 14ª semana de gestação e médicos viram a possibilidade de mantê-la nos aparelhos até que o filho nascesse, quase no sétimo mês, ainda prematuro. O menino nasceu no dia 31 de março, com 34 centímetros e 1,05 quilo e os aparelhos de Renata foram desligados.

Desde então, o bebê permanece internado para ganho de peso e recuperação na saúde. Até por uma cirurgia no coração ele já precisou ser submetido. Yago recebeu alta da UTI - setor para internação de alta gravidade, medindo quase 50 centímetros e com 1,6 quilo.

“Estou muito feliz. Na Unidade Intermediária ele terá um maior contato com o pai, com avó e toda família. Isso é muito importante para total recuperação dele. Nossa expectativa daqui para frente é que ele consiga chegar aos 2 kg, sugar o leite sozinho e ir para casa o quanto antes”, disse o neonatologista Walter Peres.
 
O caso de Yago é inédito em Mato Grosso do Sul e foi marcado por troca de informações com médicos do Espírito Santo, Paraná e Portugal, onde aconteceram situações similares.

Desde a gestação, Eduardo Noronha - pai de Yago, sempre acompanhou de perto cada evolução e dificuldades enfrentadas pelo pequeno guerreiro. Emocionado, Eduardo fala que não vê a hora de poder levar o filho para casa.  “Ele é minha força. Ele é tudo o que tenho e, mais que um filho, é uma parte da minha mulher que vive. A Renata com certeza aprovaria tudo que estão fazendo pelo filho. Não vejo a hora de ir para casa com ele”, declarou.

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