A Prefeitura de Campo Grande abre a discussão sobre o processo licitatório do serviço de transporte coletivo. Na manhã desta segunda-feira (7), foi realizada uma audiência pública no auditório da Escola Municipal de Governo (Egov/CG), para apresentar o edital de concorrência aberto a empresas interessadas em conseguir a concessão deste serviço. A concessão será por um período de 20 anos, sendo prorrogável por até mais 10 anos.
Cerca de 150 pessoas, entre funcionários de empresas do transporte coletivo, órgãos públicos e entidades ligadas a entidades do setor participaram do encontro, que tem o objetivo de abrir espaço para sugestões, críticas e esclarecimento de dúvidas dos participantes.
De acordo com o diretor da Central de Compras, Bertoldo Figueiró Filho, o edital estará disponível no site da prefeitura a partir de amanhã (8). “O edital, bem como seus anexos estará disponível, atá o dia 28, para consulta da população e das empresas interessadas. Estamos à disposição para receber sugestões e opiniões sobre a concessão do serviço”, divulgou o diretor.
De acordo com o diretor-presidente da Agetran, Rudel Trindade Júnior, desde que Campo Grande ficou entre as nove cidades selecionadas para receber os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) vem sendo realizadas várias reuniões de trabalho com intuito de fortalecer a vinda dos recursos federais. “Na semana passada, recebemos a informação do prefeito Nelson Trad Filho de que a Caixa Econômica já recebeu uma parte do depósito e que falta apenas apresentarmos os projetos para apreciação na instituição”, comentou.
Rudel ressaltou que o transporte coletivo de Campo Grande obteve um marco específico em 1991, com a construção do primeiro terminal urbano. De lá para cá, houve um grande crescimento, porém como nas demais capitais brasileiras ainda apresenta deficiências, que o titular da Agetran espera diminuir com a execução dos projetos de mobilidade urbana. “Atualmente, temos oito terminais urbanos e já temos projetos para construção de três novos, além da reforma do Terminal Morenão, construção de 160 km de corredores para ônibus, viadutos, investimentos em semaforização, construção de novos abrigos de ônibus, entre outros investimentos”, pontuou.
Já o diretor-presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg), Marcelo Amaral, reforçou que nesta nova etapa de contratação de concessão serão incluídos novos benefícios para o usuário. “É importante destacar que buscamos um novo contrato que incorpore acessibilidade, conforto e que estabeleça um novo padrão de qualidade para o transporte público em nossa Capital. Para tanto, entre os avanços que serão implementados estão o monitoramento e o rastreamento da frota de ônibus”, argumentou.
Participação popular – a funcionária da empresa Jaguar Transportes Urbanos, Eliane Fernandes quis saber sobre itinerários das linhas mais procuradas, como 081 e 082. A pergunta foi respondida pelo diretor-presidente da Agetran. “Com o crescimento da cidade, o congestionamento do trânsito torna mais difícil o cumprimento do itinerário no horário programado pelas empresas. No entanto, teremos como acompanhar e evitar a demora da frota, com o monitoramento das linhas e rastreamento dos veículos”, explicou.
Já o funcionário da Marcopolo, Judson quis saber como ficarão as gratuidades concedidas a determinados usuários do transporte coletivo. O titular da Agetran contou que “um técnico de outro Estado virá a Campo Grande para realizar uma análise apurada sobre mobilidade urbana e sobre as gratuidades oferecidas. Hoje, na Capital, 28% do transporte são gratuitos, atingindo um dos mais altos níveis de gratuidade”, revelou Rudel.
O presidente da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Assetur), João Rezende Filho participou da audiência para saber mais informações sobre o processo licitatório. “Acredito que o encontro foi bastante positivo por esclarecer o conhecimento das regras sobre o processo licitatório e por ter um clima de serenidade, onde prevaleceu o respeito dos participantes”, considerou o empresário.
Fonte: Assessoria da prefeitura de Campo Grande