Ao chegar no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), na última terça-feira (21) a arara canindé resgatada na tarde de domingo por policiais ambientais em Nioaque, já está se alimentando.
“Há casos de aves submetidas a estresse severo que acabam arrancando algumas penas, mas não todas como aconteceu com essa. E também ela não teria como tirar penas da parte de trás da cabeça”, afirmou o veterinário Lucas Cazati.
O animal teve quase todas suas penas maiores arrancadas, foi abandonada nessas condições e apareceu em uma residência de Nioaque. A proprietária, então, chamou a PMA para fazer o resgate do animal.
A ave é adulta e não domesticada. A arara passou por exames clínicos que não identificaram outras enfermidades, foi acondicionada em um recinto grande e se alimentou bem, demonstrando estar muito faminta.
Há relatos de extração de penas de animais com plumagem colorida, como araras, para usar como enfeites e até em rituais religiosos. As araras são animais de fácil captura e por isso acabam sendo as vítimas recorrentes desses tipos de crime. Segundo o veterinário ele prevê que demore no mínimo um ano para que a plumagem da arara se restabeleça e possibilite que seja devolvida à natureza.