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O local escolhido para a fixação da estátua foi definido após reunião com o juiz David de Oliveira Gomes Filho
Avenida Afonso Pena, no trecho entre as ruas Rui Barbosa e Pedro Celestino, embaixo de uma figueira centenária. Esse é endereço onde será instalada a estátua do poeta Manoel de Barros, esculpida pelo artista plástico campo-grandense Ique Woitschach.
O local ainda vai passar por melhorias, como a implantação de um piso de concreto e de um jardim, mas a previsão é que a obra de arte esteja no local até o dia 11 de outubro, dia em que Mato Grosso do Sul completará 40 anos de criação. A destinação da obra que retrata Manoel de Barros foi revelada na manhã desta quarta-feira (27), durante coletiva de imprensa, da qual participaram o titular da Secc (Secretaria Estadual de Cultura e Cidania), Athayde Nery, e o autor da obra do cartunista e escultor Ique Victor Henrique Woitschach, mais conhecido como Ique.
O local escolhido para a fixação da estátua foi definido após reunião com o juiz David de Oliveira Gomes Filho, titular da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, que já havia barrado a instalação da obra no primeiro endereço sugerido pelo Governo Estadual, na própria Avenida Afonso Pena, a poucos metros dali, pois é considerado um sítio arqueológico do Exército.
Se por um lado teve gente “brigando” por um local mais apropriado para a instalação da estátua, por outro teve gente que nem estava sabendo da polêmica. “Eu acho que existem situações mais complicadas em Campo Grande para serem resolvidas do que a escolha do paradeiro da estátua do poeta Manoel de Barros. Mas partindo das primícias de que o autor tinha essa vontade e sempre via o por só sol próximo da Afonso pena com a Rui Barbosa, creio que deva se respeitar a vontade dele sim, já que a estátua foi feita em sua homenagem. E de resto acho que os governantes têm que cuidar de outros aspectos da sociedade que são muito mais importantes que algo estático”, opina o analista de conteúdo Marcelo Bley, 30.
Eu não fui consultada e não estava sabendo dessa novela toda. Mas acho que a população deveria ser consultada sim, pois todos nós fazemos parte disso, nós somos Campo Grande, nós somos a cidade e nós que vamos apreciar a obra de arte. Ou, a decisão deveria ser tomada pelo artista plástico, ele que deveria determinar onde ela deveria ficar”, comentou a enfermeira Laura Chaves, 57.
Rosângela Ferreira do Carmo, 35, acredita que a decisão deve ser tomada pelas autoridades da cidade, mais precisamente pela Secretaria de Cultura do Estado. “Quem melhor para decidir essa situação que a Secretaria de Cultura? Se tem essa secretaria é justamente para lidar com esse tipo de assunto, de decisões. O que não concordo é o poder judiciário ficar gastando tempo com coisas tão simples”, disse a dona de casa.