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Saúde Pública

Ambulatório pós-Covid oferece atendimentos gratuitos à população

Serviço é voltado a pessoas que apresentaram sequelas após a doença

Lethycia Anjos
Capital News

Divulgação/PMCG

Ambulatório pós-Covid oferece atendimentos gratuitos à população

Ambulatório oferece atendimentos multidisciplinares na Capital

Prefeitura de Campo Grande, em parceria com a Associação dos Amigos dos Excepcionais (APAE), inaugurou em setembro de 2020, o primeiro ambulatório destinada ao tratamento de pacientes com  doenças provocadas pela Covid-19. Os atendimentos são realizados integralmente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Os serviços são realizados no Centro Especializado em Reabilitação da APAE de Campo Grande (CER/APAE), após solicitar o atendimento o sistema de regulação municipal realiza o agendamento das avaliações de cada paciente. Em sete meses de funcionamento, o ambulatório registrou 395 solicitações realizadas por meio do sistema de regulação municipal, desse total, 292 pacientes iniciaram o atendimento.

 

 Secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho destaca a importância do ambulatório. 

“Esse serviço é extremamente importante, pois proporciona um atendimento multidisciplinar e especializado ao paciente com algum sintoma de doença residual ocasionada pela Covid-19, reduzindo assim as chances de agravamento”, explicou via assessoria.

 

Solange Cáceres, de 55 anos, foi uma das pacientes atendidas pelo projeto, após se contaminar com a Covid-19, a aposentada  ficou com sequelas na visão e audição e com  dificuldade de locomoção. “Estou muito melhor perto do que estava. O atendimento no ambulatório tem me ajudado muito. Eu ficava só na cadeira de rodas, agora já estou andando, com ajuda de uma bengala, mas já é um avanço”, enfatizou via assessoria .

 

Desde a sua inauguração, o  ambulatório pós-Covid CER/APAE já recebeu pacientes que perderam o paladar, tiveram sequelas motoras, respiratórias e até psicológicas, que precisam de reabilitação com uma equipe multiprofissional. A unidade atende desde crianças até idosos.

 

Supervisora do Setor de Fisioterapia do CER/APAE, Sarita Baltuilhe detalha o processo dos pacientes até a chegada à unidade da APAE de Campo Grande. “Os pacientes são admitidos com sequelas persistentes causadas pela covid-19, que apresentam um amplo espectro de manifestações. As principais sequelas que observamos são: falta de ar, tosse, cansaço extremo, fadiga, dificuldade de andar (frequentemente com necessidade de cadeiras de rodas), dependência nas atividades da vida diária, dificuldade na deglutição e mastigação, depressão, ansiedade, pânico, medo, déficits cognitivos (como alterações da memória), perda de peso, casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral), complicações cardíacas (arritmias, miocardites, insuficiência cardíaca), diabetes, polineuropatias (distúrbio dos nervos), que apresentam os principais sinais: formigamento e dormência, dor em queimação e fraqueza muscular”, explicou via assessoria.

 

Sarita Baltuilhe, destaca que mesmo os pacientes que tiveram contato com a forma mais leve da doença podem apresentar sequelas, segundo a fisioterapeuta, isso não se restringe aos casos graves. 

 

Por meio do Serviço Social do CER/APAE também são prestados o acolhimento à população. 

Conforme a supervisora do setor e assistente social, Teresa Pereira de Souza, uma das maiores dificuldades dos pacientes é lidar com a contaminação ou perda de outro familiar por Covid-19. “Percebemos muito medo e ansiedade na maioria deles. Uma questão que também tem preocupado bastante é a falta de recurso financeiro, devido ao adoecimento. Grande parte deles são autônomos e acabam ficando sem renda e com falta de perspectiva para o futuro”, afirmou via assessoria.

 

O ambulatório possui uma equipe especializada em diversas especialidades como Médico Fisiatra, Médico Cardiologista, Médico Pediatra, Médico Neurologista, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Enfermagem, Nutricionista, Psicólogo, Assistente Social e Fonoaudiólogo.

 

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