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Cotidiano Terça-feira, 03 de Fevereiro de 2015, 13:29 - A | A

Terça-feira, 03 de Fevereiro de 2015, 13h:29 - A | A

Manifestantes denunciam censura durante protesto em frente à Casa da Mulher

Kemila Pellin - Capital News

Ao chegar a Campo Grande na manhã desta terça-feira (03), a Presidente Dilma Rousseff foi recepciona por aproximadamente vinte manifestantes na saída da Base Aérea da Capital, que gritavam frases de “abaixo a corrupção” e “fora Dilma” entre buzinas e apitos.

A presidente saiu da base escoltada e não teve nenhum contato com a população no trajeto até a Casa da Mulher Brasileira, quase em frente ao Aeroporto de Campo Grande.

Os manifestantes que estavam enfrente a base, representados por Marcelo Ros, 30, afirmaram que o protesto era contra o “FORO de São Paulo”, que segunda Ros é uma quadrilha formada para decidir o rumo do comunismo na América do Sul.

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Em frente a Base Aérea, manifestantes esperam pela chegada da presidente Dilma
Foto: Kemila Pellin/Capital News

“Estamos protestando contra o FORO de SP. Uma quadrilha formada por volta de 1992, pelo Lula e que tem participação do PT, PCC, Comando Vermelho, Cuba, Vezuela, Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) entre outros lideres sul-americanos, que se reúnem umas duas vezes por ano para decidir o rumo do socialismo na América do Sul”, explica o manifestante Ros.

Em frente a Casa da Mulher Brasileira, onde foi montado a estrutura para receber a presidente, com força policial reforçada em todas as entradas, outros grupos de manifestantes também aguardavam a chegada de Dilma para expor suas reclamações.

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Protesto em frente a Casa da Mulher reivindica fim da corrupção
Foto: Kemila Pellin/Capital News

Faixas de diferentes movimentos estavam espalhadas na parte de fora do local, uma vez que os policiais não autorizaram a entrada de materiais ofensivos ao governo dentro do evento.

“Se você chega com o cartaz enrolado ele pede para abrir, e se for de protesto eles não liberam a entrada”, explica Marcia Amorin, que protestava pelo fim da corrupção.

O Sindijus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul) aproveitou o clima de reivindicação e levou faixas cobrando reajuste salarial para os servidores do judiciário.

“Nós queremos um reajuste salarial, que a nove anos nós não recebemos, e discutir sobre plano de carreira”, reforça um dos coordenadores do Sindicato Eliezer Oliveira.

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Eliezer Oliveira e José Ailton, coordenadores do Sindijus pedem por reajuste salarial
Foto: Kemila Pellin/Capital News

José Ailton Pinto, também coordenador explica que não puderam entrar na cerimônia de inauguração por estarem vestindo camisetas e segurando faixas de protesto.

“Eles mandaram a gente virar a camiseta do avesso para poder entrar. Isso é um absurdo, uma censura clara a liberdade de expressão. O PT age contra seu ideal histórico que era defender o trabalhador. O único interesse que eles defendem é dos empresários”, conclui José.

Lideranças do Acampamento União da Vitória, localizado na Fazenda Aracoara em Sidrôlandia, também estiveram no local com uma faixa pedindo a reivindicação de terras para que as 163 famílias que vivem no acampamento recebendo um local ideal onde possam construir suas casas e produzir na terra.

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Adenir Ricardo, líder do acampamento União da Vitória pede atenção para as 116 famílias
Foto: Kemila Pellin/Capital News

“Onde estamos a terra é improdutiva, nós não temos nenhum apoio do governo, recebemos uma sexta básica por família no final do ano. Então nós queremos dignidade para viver”, explica Adenir Ricardo, um dos líderes do acampamento.

Alguns professores se fizeram presentes, com cartazes pedindo salário digno, mas afirmaram que não estavam em um movimento á parte, e que foram pelo movimento na página do facebook.

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Professores marcaram presença pedindo por salário mais digno
Foto: Kemila Pellin/Capital News

A página do protesto tinha cerca de 6 mil pessoas confirmadas, enquanto no local compareceram cerca de 90 pessoas, numero divulgado pela Policia Militar.

O protesto foi pacifico, do ponto de vista militar, não tendo nenhum confronto direto com a policia, apenas pequenos desentendimentos quanto ao fechamento da Avenida Duque de Caxias, que gerou um congestionamento de caminhões em frente ao mercado atacadista mais acima.

Outro desentendimento mais significativo foi quando os protestantes quase derrubaram um motoqueiro que tentou furar o bloqueio. Eles afirmaram que o rapaz vinha em alta velocidade e podia machucar alguém. Os manifestantes fecharam um circulo em volta do motoqueiro e foram agressivos no tom de voz e empurrões.

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Jovem quase é derrubado da moto ao tentar furar bloqueio de manifestantes
Fotos: Kemila Pellin/Capital News

A polícia se manifestou e solicitou aos manifestantes não fechassem mais a via, caso contrario os policias teriam de intervir mais severamente.

Depois disso o grupo se dispersou e no momento da saída da presidente, por volta das 11:20, já não havia muitas pessoas. Ainda sim, a equipe de Dilma optou por uma rota alternativa e não saiu pela Rua Duque de Caxias como estava previsto.

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Fotos: Kemila Pellin/Capital News

 

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Foto: Deurico/Capital News

 

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