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Cotidiano Quinta-feira, 06 de Novembro de 2014, 10:03 - A | A

Quinta-feira, 06 de Novembro de 2014, 10h:03 - A | A

Sem acordo com Executivo, professores iniciam greve e seguem para Câmara

Samira Ayub e Taciane Peres -Capital News (www.capitalnews.com.br)

A assembleia extraordinária dos professores da Rede Municipal de Ensino (Reme), prevista para esta quinta-feira (6), foi cancelada. Sem acordo durante a reunião com o prefeito Gilmar Olarte (PP) no fim da tarde de ontem, a categoria deu início à greve nesta manhã e professores seguem para a Câmara Municipal. Cerca de 400 profissionais estão na Casa de Leis.

Olarte conversou, por telefone, com o presidente da Associação Campo-Grandense de Profissionais da Educação (ACP), Geraldo Gonçalves, e apresentou uma nova proposta, porém, no fim da tarde dessa quarta-feira (5), o chefe do Executivo voltou atrás e afirmou que a prefeitura não tem dinheiro em caixa para cumprir a Lei do Piso. “Quando nós tivermos o dinheiro, nós vamos pagar, sem dinheiro no caixa não há aumento para ser aplicado”, disse o prefeito.

Geraldo Gonçalves afirmou hoje que, apresentou a proposta do prefeito para categoria que não aceitou o reajuste parcelado. Segundo o presidente da associação, não há mais diálogo com o Executivo. “A situação é de revolta. A única coisa que nós queremos é o cumprimento do que está previsto a Lei”, afirmou Geraldo.

Ontem, a assessoria da prefeitura emitiu uma nota anunciando que o salário dos professores da Capital seria o maior do Estado, com média salarial de R$ 2.990,00 para 40 horas semanais. Questionado a respeito da questão salarial, Geraldo reafirmou que a categoria deseja que o prefeito cumpra a Lei. “Nós merecemos o que está previsto por Lei”, pontuou Geraldo.

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Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

“Infelizmente os alunos serão prejudicados, mas neste momento, os professores estão sendo mais prejudicados ainda”, disse o presidente da associação sobre o ano letivo.

Gerson Paiva, 45 anos, professor de matemática, afirmou que a greve não era o desejo dos professores. “Não queremos entrar em greve, não queremos prejudicar os alunos. A situação é conflitante por causa disso, porque teremos que dar aula de reposição, usar os fins de semana, mas, realmente o salário está defasado e queremos o reajuste correto que está previsto por Lei”, afirmou o professor.

Para a professora de ensino fundamental, Nilda Amaral, 49 anos, a categoria pede por mais respeito. “Estamos aqui como profissionais, trabalhadores que merecem respeito. A gente entende que não é bom ter aulas nos fins de semana, não queremos prejudicar os alunos, mas se não fizermos isso agora, não fazemos mais e precisamos de mais respeito e dignidade”, disse Nilda.

Para a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), que faz parte da oposição ao prefeito na Casa de Leis, uma solução para o impasse seria a demissão de mais servidores contratados em cargo de comissão, que onera a folha de pagamento. “Uma solução é demitir os cargos comissionados. O prefeito demitiu, mas hoje tem 1.577 cargos de comissão, e isso é um absurdo, a folha saltar de R$ 6 milhões para R$ 13 milhões”, ressaltou Luiza, que completou “se ele fizer isso, com certeza, ajuda muito”. 

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Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

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