Imagem de vídeo e fotos Divulgação

Jefferson disse em vídeo que não seria preso e fez vários disparos em viatura da PF
Esta semana que antecede o segundo turno das eleições começou com tiros fuzil e lançamento de granada do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra agentes da Polícia Federal que foram à sua casa cumprir mandado de prisão contra ele na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. Dois federais, o delegado Marcelo Vilella e a policial Karina Oliveira, foram feridos, mas passam bem. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM foram ao local para negociar uma rendição. Jefferson estava em prisão domiciliar e não podia acessar a internet, mas usou as redes sociais para xingar a ministra Cármen Lúcia, do Supremo, por uma decisão dela contra a rádio Joven Pan, acusando a magistrada de cometer suposta "censura prévia", chamando-a de "bruxa de Blair" e chegou a comparar a ministra com uma prostituta; descumprindo a determinação judicial. Pelo descumprimento da medida cantelar, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, expediu o mandado prisão. Na tarde de ontem, depois do ataque de Jefferson, Moraes expediu para a PF novo mandado de prisão de Jefferson, desta vez sob acusação de flagrante delito de tentativa de “duplo crime de homicídio" contra agentes federais. Depois de oito horas resistindo à prisão, Jefferson acabou se entregando no início da noite anterior.
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Vídeo mostra negociação amistosa de Jefferson com policiais, após atirar contra federais
Um vídeo divulgado pelo jornal O Globo mostra uma negociação do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) em tom bastante amistoso com policiais, ao lado do Padre Kelmon, antes de se entregar depois de ter atirado com fuzil e jogado granadas em uma equipe da Polícia Federal que iria cumprir mandado de prisão contra ele neste domingo. "Mas eles três vezes ficaram enquadrados no meu red dot, (nome técnico para mira a laser). E eu falei, não atira neles, Roberto Jefferson. Eu não atirei. Quando eles correram para atrás da viatura, eu joguei a granada na frente", relata Jefferson no vídeo, em meio a risadas. Ele alega que teria jogado granadas de "efeito moral" e não teria atirado nos policiais, mas na viatura. "Tiros eu dei no carro quando não tinha ninguém", diz Jefferson. O carro da PF tinha pelo menos 20 marcas de tiros. Veja o vídeo.
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Bolsonaro 'repudia' tiros contra policiais federais e chama Jefferson de 'bandido'
Após Roberto Jefferson (PTB) receber à tiros os policiais federais que foram à sua casa neste domingo (23) para prendê-lo depois de descumprir cautelar judicial de não acessar internet enquanto estava em prisão domiciliar, o QG de campanha da reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) ligou o alerta e buscou imediatamente descolar o fato de o ex-deputado ser apoiador do presidente, temendo que isso prejudique o trabalho para atrair votos de indecisos nesta reta final do segundo turno das eleições do próximo domingo (30). Bolsonaro divulgou nas redes sociais mensagem repudiando "as falas" do ex-deputado nas redes sociais contra a ministra Carmen Lúcia (STF) e "sua ação armada contra agentes da PF", mas voltou a alfinear o Supremo repudiando também "inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP". Depois, em live, Bolsonaro repetiu a mensagem de repúdio e disse: "Não tem uma foto dele comigo". Isso levou o Estadão e outros jornais a informarem que há fotos antigas deles juntos e a divulgarem a imagem acima, extraída das redes sociais. No fim da tarde de ontem, após Jefferson se entregar à PF, Bolsonaro postou o vídeo abaixo no Twitter sob o título "Prisão do criminoso Roberto Jefferson", em que afirma que "o tratamento dispensando a quem atira em policial é o de bandido", e prestou solidariedade aos agentes feridos. Na noite anterior, em debate da TV Record que virou sabatina com a ausência do adversário Lula (PT), Bolsonaro voltou a buscar a se descolar de Jefferson: "Tem gente aí, como o candidato fujão (em alusão ao petista) que quer tirar proveito da situação dizendo que ele (Jefferson) coordena minha campanha e é meu amigo. Ele não coordena minha campanha e não tem nada de amizade", disse o candidato.
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