O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, defendeu a condenação de Jair Bolsonaro (PL) e de mais sete réus na ação penal no processo criminal sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Em suas alegações finais no processo enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite anterior, Gonet considerou que o ex-presidente deve ser considerado culpado dos cinco crimes atribuídos a ele: liderar organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A pena pode superar 40 anos caso Bolsonaro seja condenado por todos esses crimes.
A manifestação de mais de 500 páginas reforça a denúncia apresentada pela PGR em fevereiro e recapitula os principais pontos da acusação. Gonet, ao falar sobre Bolsonaro, afirma que "as evidências são claras: o réu agiu de forma sistemática, ao longo de seu mandato e após sua derrota nas urnas, para incitar a insurreição e a desestabilização do Estado Democrático de Direito". No documento, o PGR também pede a condenação — com variações nos crimes indicados — dos outros acusados do chamado núcleo 1 ou "crucial" da trama golpista: Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. A expectativa é de que o julgamento no STF comece até setembro. (Com O Globo e BBC Brasil)
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