Arquivo pessoal/BBC Reprodução

Em 1955, Cecília Prado foi notícia ao ser admitida no quadro de diplomatas do Ministério das Relações Exteriores
Uma das primeiras mulheres formadas no Instituto Rio Branco, escola de diplomatas do Brasil, a paulista Cecília Prada, ainda tenta, aos 89 anos, ser readmitida pelo Itamaraty. Em 1958 ela foi obrigada a pedir demissão do Ministério das Relações Exteriores depois de se casar com um colega diplomata, o ex-secretário de Cultura Sérgio Paulo Rouanet, o que era proibido por uma regra da época. Desde o divórcio, na década de 1970, ela tenta voltar para o serviço diplomático, do qual poderia estar aposentada hoje. Em março deste ano, Cecília teve um pedido indeferido pela ministra Damares Alves. A Defensoria Pública da União (DPU) recorreu e aguarda nova decisão da ministra.
Em entrevista à BBC Brasil, em Campinas (SP), onde vive com um dos dois filhos que teve com Rouanet, a ex-diplomata disse ter esperanças de que Damares, sendo mulher, entenda a discriminação sofrida por ela. "Eu poderia já ter sido embaixadora nesta minha fase da vida. Agora vejo meus colegas de diplomacia, todo mundo bem, e eu aqui na miséria", desabafou a jornalista e ex-diplomata. "Na década de 1980, tentei ser corretora de imóveis. Sabe o que eu ganhei? Uma cantada de um cliente", relembra Cecília, que vive com um salário mínimo da aposentadoria por idade e de trabalhos de tradução. Leia aqui a íntegra no site da BBC.
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