Com recordes históricos, aluguel é solução de moradia para muita gente, mas encontrar um fiador não é tarefa fácil; conheça alternativas
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O aluguel é uma das formas mais comuns de moradia no Brasil. Embora cerca de 61% da população more em casa própria, segundo o IBGE, essa proporção tem caído com o passar do tempo. A mesma pesquisa indica um crescimento do aluguel de 22,3% para 24% em 2024, data do último levantamento.
São mais de 18 milhões de imóveis alugados, que abrigam mais de 46 milhões de pessoas, uma população maior do que a que vive no estado de São Paulo. Na prática, uma a cada cinco pessoas mora de aluguel no Brasil. Ainda que bastante difundido, o aluguel suscita dúvidas para muita gente que busca essa forma de moradia.
Entendendo o papel do fiador no aluguel
Trata-se de um processo um tanto burocrático. Alugar uma casa envolve um contrato locatício e garantias financeiras para o locador. Para tanto, a figura do fiador foi comum durante muito tempo. Essa pessoa seria responsável por arcar com possíveis despesas, como atrasos no pagamento, caso o locatário não fosse capaz de cumpri-las.
Hoje, porém, isso tem caído em desuso. Cada vez mais, outros tipos de garantia vêm surgindo, facilitando e desburocratizando um pouco o processo de alugar uma residência. O depósito caução, por exemplo, tem sido uma forma mais difundida de aluguel sem fiador.
Caução é alternativa para alugar sem fiador
No caução, o inquilino adianta algumas parcelas do aluguel – por lei, não mais do que o equivalente a três meses. Ao término do contrato, o valor depositado é devolvido ao inquilino, com juros e correção monetária, desde que tenha feito todos os pagamentos corretamente. Caso contrário, o dinheiro adiantado será usado para pagar atrasos e despesas.
Há também a opção do seguro-fiança. Neste caso, o locatário paga um valor de seguro, de forma parecida com a que ocorre no caução, mas para uma seguradora. Geralmente, esse pagamento é facilitado, o que é interessante para quem está alugando e também mais confiável para ambos os envolvidos no processo.
Títulos que substituem o papel do fiador
Outras formas de alugar sem fiador incluem comprar cotas de fundos de investimentos em nome do proprietário, sejam eles negociados na bolsa de valores ou não, mas de modo que sejam devolvidas para o locatário quando for encerrado o contrato. Neste caso, o valor devolvido é adicionado na rentabilidade do período.
Outra opção é a compra de um título de capitalização para aluguel. Nesta modalidade, o locatário adquire o título com uma locadora, concorrendo a prêmios e também podendo contar com diversos serviços, como eletricista e encanador. Ao final do contrato, pode resgatar o valor corrigido.
O encarecimento do aluguel faz com que fique cada vez mais difícil encontrar um fiador. Afinal, é um grande compromisso financeiro. Assim, encontrar soluções que não envolvam a sua figura é fundamental. Para tanto, deve-se procurar a forma mais vantajosa, recorrendo, se necessário, a auxílio profissional, como de um advogado especialista em direito imobiliário.
