A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 322 milhões de pessoas sofrem de depressão, a doença já atinge 4,4% da população mundial, sendo a principal causa de suicídio, com cerca de 800 mil casos anuais.
Segundo a Psicanalista, Missiologa, Escritora Viviane Vaz, os principais sintomas da doença são, sentimento de tristeza, sensação de “vazio” persistente, sentimentos de desesperança, luto ou pessimismo, irritabilidade, Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo, perda de interesse ou prazer pela vida, diminuição da energia ou fadiga, letargia nos comportamentos baixa auto-estima, choro sem motivo aparente.
Se identificar esses sintomas em alguém, ou até mesmo você está sentindo algum deles, deve procurar ajuda. A Organização mundial de Saúde reconhece a depressão como uma doença, por tanto, não é algo pra chamar atenção, frescura, fraqueza ou coisas do tipo.
A psicanalista explica como podemos ajudar as pessoas acometida da doença, “Não agir com preconceito, de maneira nenhuma faça acusações que possam diminuir ainda mais a pessoa, frases que possam ajudar: Você não está sozinho nisso; Estou aqui para te ajudar; talvez eu não entenda exatamente o que você está sentindo, mas estou aqui porque me importo e quero te ajudar no que for preciso; Me diga o que eu posso fazer para te ajudar; Você é importante para mim; Sua vida importa para mim”.
Viviane afirma que a doença não é exatamente algo espiritual mas que a espiritualidade ajuda, “por ser uma doença entende-se que é uma alteração mental por tanto envolve o sistema cognitivo, não existe base para afirmar que existe ligação com espiritualidade, entretanto, é fato que a busca por uma espiritualidade saudável contribui positivamente para a recuperação da depressão”.
A doença não escolhe faixa etária de idade, o número de crianças com os sintomas de depressão tem crescido gradativamente e também tem sido bem evidente a depressão nos idosos.
Sobre o preconceito com a doença, a psicanalista afirma que ainda existe um tabu em relação à doença, muitos não acreditam que seja doença, associam a loucura em alguns casos, e por isso tardam em procurar ajuda.
A maioria dos casos de suicídios tem relação com a depressão, mas existem outros fatores que contribui para o comportamento suicida. “ Vários transtornos mentais como: transtorno bipolar, ansiedade, esquizofrenia, transtornos psicóticos. Situações como: Problemas conjugais ou amorosos, prisão ou problemas com a lei, bullying (entre adolescentes) ou a perda recente de um ente querido, separações, divórcios ou viuvez. Pessoas com determinados quadros clínicos como é o caso de HIV, Esclerose, câncer, etc.Experiências traumáticas na infância, incluindo abuso físico e sexual, aumentam o risco de tentativas de suicídio. Dependência de psicoativos como drogas e álcool podem levar a pessoa a cometer suicídio, aproximadamente 30% das pessoas que tentam cometer suicídio consomem bebidas alcoólicas antes da tentativa, aproximadamente metade delas estão embriagadas no momento” afirma Viviane.
Generalizando as pessoas não querem tirar a própria vida literalmente, elas querem achar uma solução para os problemas, Viviane Vaz explicou que, elas procuram formas de confirmar se a vida vale a pena dando sinais para os amigos e familiares, no desejo de ter um socorro. “O uso indireto das palavras que demonstram um desinteresse pela vida, buscando afirmações positivas, respostas para sua dor, pedidos de socorro, necessidade de ser percebido são muito comuns e isso jamais pode ser desconsiderado por quem as lê. A própria tentativa e a auto-mutilação já é um pedido de socorro”.
A Missiologa deixou uma mensagem para você que já sentiu algum desejo ou já pensou que não conseguiria solucionar seus problemas ou aliviar suas dores. “Entendo que você tenha desejo de morrer, você pode até ter muitos motivos que te fazem crer que é a melhor opção, entretanto, entenda que o que você está passando tem tratamento, já vivenciei casos de pessoas que tentaram suicídio por dezenas de vezes e escaparam por muito pouco e hoje superaram essa fase através de ajuda de vários profissionais disponíveis na rede pública. Quando você compartilha o que tem te sufocado e verbalizar os pensamentos escravizadores eles perdem a força, as crenças que te prendem nesse desejo podem ser quebradas. Se o seu trauma foi terrível e você não suporta conviver com seu passado saiba que é possível ressignificar tudo isso e viver uma nova história, sendo autor de sua vida, seu trauma não pode te condenar ou te definir. Se você tem pensamentos frequentes ou já tentou silenciosamente o suicídio, procure ajuda disponível na rede publica, é importante dizer ao profissional de saúde que te atender que você tem esses pensamentos suicidas e qual frequência, não tenha vergonha de dizer que precisa de ajuda, talvez o seu depoimento de superação pode salvar outras vidas. Dê uma chance pra você, pra história que vc irá escrever, pras vidas e gerações que virão de você”.
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Tenho a maioria desses sintomas, princip 30/09/2019
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