O presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB), recebeu nesta terça-feira (22) o pedido de abertura de CPI para investigar existência de servidores fantasmas na Casa, também chamada de CPI Caça-Fantasmas.
Mochi tinha devolvido o pedido para o deputado Marquinhos Trad (PSD), que havia solicitado abertura. Ele pediu para Marquinhos definir o objeto da CPI e reduzir o tempo da investigação, que era de 1986 até os dias atuais. Porém, Marquinhos se negou a modificar o pedido.
Agora, Mochi vai chamar os outros nove deputados que assinaram o pedido com Marquinhos para que eles definam o que fazer. Mochi afirmou que não pode barrar o pedido, mas que a maioria dos deputados que assinaram definirão o que será feito.
A reunião deve acontecer na semana que vem e pode ser que o prazo de investigação se restrinja aos cinco últimos anos. Amarildo Cruz (PT) e Coronel David (PSC) são dois dos que assinaram e concordam com Mochi.
Pedro Kemp (PT) chegou a sugerir uma abertura de investigação sem que seja preciso uma CPI. Marquinhos não concorda com a redução do tempo. Ele alega que os colegas não tiveram dificuldade para investigar seu cartão de ponto e não terão para avaliar os demais.
Marquinhos pediu a CPI ainda durante a campanha, quando adversários o acusaram de não cumprir expediente em 1986. Ele apresentou cartão de ponto sem faltas e solicitou investigação contra os demais.
Durante a sessão Mochi também comentou as exonerações publicadas recentemente e disse que não pode afirmar se têm relação com a CPI. Ele disse que as nomeações cabem aos deputados e que as de responsabilidade da presidência acontecem por conta do concurso. Ele quer iniciar o ano com grande parte dos aprovados no concurso nas suas respectivas vagas.