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Política Quarta-feira, 09 de Junho de 2010, 09:37 - A | A

Quarta-feira, 09 de Junho de 2010, 09h:37 - A | A

A expansão de recursos do Plano Safra 2010/11 foi positivo, diz Valter

Eduardo Penedo - Capital News

O Presidente da Comissão de Agricultura, senador Valter Pereira(PMDB/MS) avaliou como positivo a expansão de recursos do Plano Safra 2010/11, mas cobrou empenho do Governo Federal em facilitar o acesso dos produtores ao crédito. “No ano passado, mais de 50% do dinheiro disponibilizado ficou nos bancos; isto é um absurdo, não vejo motivo nenhum em comemorar isto, ainda mais em uma economia capitalista”, comentou Valter Pereira.

O oitavo plano safra do Governo Lula – anunciado na última segunda-feira(06)- prevê a liberação de R$116 bilhões para financiar a safra 2010/2011. O valor é 7,4% maior do que o disponibilizado em 2009. Para o senador, ainda é cedo para avaliar se as medidas são boas e se estão compatíveis com as demandas e necessidades dos produtores.
“É recorrente a reclamação da dificuldade em contratar um crédito rural. Na maioria das vezes, as instituições não estão preparadas para lidar com os financiamentos destinados à agricultura”, insistiu Pereira, lembrando que os dramas do setor não se restringem a essa questão.

Problemas estruturais, como a crônica deficiência logística e de infra-estrutura para o escoamento da produção, comprometem a competitividade e a renda do setor. “ É meritório o esforço do governo com relação a oferta de crédito – particularmente o ministro Wagner Rossi que se empenhou decididamente para isso - mas é preciso, também, debruçar sobre questões como exigências excessivas de garantias reais aos financiamentos, cobertura limitada do seguro rural, timidez dos estímulos à industrialização da produção e juros finais altos - 6,75% ao ano para custeio agropecuário”, frisou o Presidente da CRA.

Valter Pereira ainda fez questão de destacar a proposta de criação do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Para esse fim, será disponibilizado R$ 2 bilhões para financiamento de tecnologias na lavoura que reduzam a emissão de gases de efeito estufa, como o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta. Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, ao todo serão aplicados R$ 3 bilhões para estimular a sustentabilidade, por meio de práticas agronômicas que preservem o meio ambiente e aumentem a produtividade.

“A minha torcida é para que a burocracia estatal não crie obstáculos para que o produtor, principalmente o pequeno e o médio produtor seja mais uma vez impedido de acessar o crédito rural. O setor rural não quer privilégios. Exige apenas reciprocidade: ou seja, ser tratado nas mesmas condições e benefícios que concede ao desenvolvimento econômico do país”, concluiu Valter Pereira (Com assessoria)

Por: Eduardo Penedo Capitalnews
 

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