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Saúde e Bem Estar Quarta-feira, 08 de Maio de 2024, 16:24 - A | A

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Santa Casa

Transplantes de rim já são quase o dobro da quantidade de 2023

Santa Casa de Campo Grande aguarda realizar, até o final do ano, 40 novos transplantes de rim

Juliana Rezende
Capital News

Divulgação Santa Casa

Transplantes de rim realizados pela Santa Casa já é quase o dobro da quantidade de 2023

Paciente aguardou cinco anos para receber um novo rim

A Santa Casa de Campo Grande já realizou, somente nos quatro primeiros meses deste ano, 13 cirurgias de transplante de rim. A quantidade, segundo informou o hospital, é quase o dobro dos procedimentos realizados em 2023, quando houve 28 doações do órgão. A expectativa é que, até o final do ano, 40 transplantes ocorram.

De acordo com a médica responsável pelos transplantes da Santa Casa, Rafaela Campanholo, o mês de abril bateu recorde no número de doações. Ao todo, quatro órgãos foram transplantados apenas no mês passado.

“Em 2023, foram contabilizados 28 procedimentos. A expectativa é que até o final do ano sejam realizados de 35 a 40 transplantes de rim. Cada paciente pode contemplar dois receptores. Nem sempre conseguimos ficar com os dois rins. Mas estamos entrando no quinto mês do ano com um número bom de transplantes realizados”, pontua a médica.

O último paciente a receber um novo rim no mês de abril foi Moisés Queiroz Vida, de 48 anos. Ele era uma das 200 pessoas que estão na fila de transplante. A saúde e a vida dele mudaram após cinco longos anos de espera.

“A espera foi muito longa. Eu não acreditava mais nesse transplante. Já tinha perdido a esperança. Minha esposa sempre orava. Eu mesmo já não tinha a fé que ela tinha. Fui pego de surpresa quando me ligaram; foi uma alegria muito grande. Eu estava numa chácara e ninguém conseguia me encontrar”.

No Brasil, o transplante de rim representa cerca de 70% do total de transplantes de órgãos, sendo o país o quarto maior transplantador de rim do mundo.

Doe

Hoje, com um rim novo e uma vida toda pela frente, Moisés quer incentivar as pessoas a doarem. “Olhem para mim, feliz, vivendo de novo. Por cinco anos, minha vida ficou parada, parei de fazer tudo que gostava. Não tinha esperança e não acreditava no transplante. Por isso, peço que doem. Ajudem a salvar vidas”, destaca.

Fundamentais para o funcionamento do corpo, os rins filtram o sangue e auxiliam na eliminação de toxinas do organismo. Assim, o transplante é recomendado para pacientes com rins que perdem as funções básicas, normalmente provocadas pelo avanço de uma doença renal crônica.

“Para que o transplante aconteça, as famílias precisam autorizar a doação de órgãos. Essa conversa precisa existir. Então, se chegar aquele momento difícil, que a família decida pelo sim e por fazer a diferença na vida de alguém que está precisando. Nossa projeção de transplante para este ano é muito boa, e só vamos alcançar se tivermos doadores. É muito importante incentivar a doação”, finaliza a médica.

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