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Bem-Estar Sábado, 03 de Setembro de 2022, 17:23 - A | A

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Coluna Bem-Estar

População brasileira ficou mais velha do que jovem nos últimos 10 anos

Por Laura Fassina

Da coluna Bem-Estar
Artigo de responsabilidade do autor

Número de idosos aumentou mais do que o de pessoas com menos de 30 anos na última década

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De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2012 até 2021, o Brasil apresentou uma tendência de envelhecimento, onde o número de indivíduos mais velhos superou com folga o de pessoas com menos de 30 anos de idade. Em 2012, a parcela mais jovem representava 49,9% da população, caindo para 43,9% em 2021. Em números, foi de 98,7 milhões para 93,4 milhões, uma queda de 5,4%.


Em compensação, os mais velhos mostraram dominância nesta última década. Os 50,1% registrados em 2012 subiram para 56,1% em 2021; a porcentagem em si não revela o verdadeiro crescimento do período, que foi de 99,1 milhões para 119,3 milhões, ou seja, teve um aumento de 20,4%. Esse número enquadra todas as pessoas com mais de 30 anos de idade, mas a estatística para os idosos é ainda maior: o grupo com mais de 60 anos subiu de 22,3 milhões para 31,2 milhões, um aumento de 39,8%.


O levantamento reforça a previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima que, até 2050, o número de idosos no mundo duplique. No Brasil, mais especificamente, se espera que a população na terceira idade triplique e o país alcance a sexta colocação no ranking de “nações envelhecidas”, como são chamados os países em que há mais idosos do que jovens.


Essas estatísticas levantam alertas para duas questões: as políticas públicas relacionadas à Previdência Social e à baixa natalidade. Atualmente, quem paga a aposentadoria dos idosos aposentados são as pessoas que ainda estão trabalhando; quando a população for mais velha do que jovem, isso pode se tornar um problema. Segundo autoridades do governo, a reforma previdenciária é uma tentativa de evitar que isso aconteça no futuro.


Já com respeito à natalidade, os números mostram uma queda constante na fecundidade, que já vem sendo registrada há algumas décadas. As pessoas estão tendo menos filhos, e isso também causa um impacto direto no futuro; por outro lado, a pandemia registrou um aumento considerável nesse aspecto, e os dados não mostram os números de 2022, que serão apresentados no próximo Censo.


Especialistas ainda reforçam a importância das pessoas buscarem envelhecer com saúde e qualidade de vida, algo que envolve cuidados que devem ser tomados desde a juventude. Isso inclui adotar hábitos saudáveis como uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos; em idades mais avançadas, também é recomendado saber sobre seguro de vida e como funciona, além de outras questões que garantam mais tranquilidade no futuro, como investir na previdência privada, por exemplo.

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