Vindos do país vizinho em 30 de abril, os chamados brasiguaios ainda permanecem alojados de forma precária em barracos de lonas às margens da rodovia BR-163, em Itaquiraí (cidade distante 308 quilômetros ao sul de Campo Grande). Nesta segunda-feira (7), o Ministério Público Federal (MPF) em Dourados (que cuida da região) anunciou que busca soluções para o que chamou de “grave problema social”.
Segundo assessoria de imprensa da instituição, o MPF conseguiu junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) a colocação de obstáculos na estrada, junto ao acampamento.
O ministério informa ainda que irá oficializar junto ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) pedido de auxílio no fornecimento da documentação dos acampados cujo registro de nascimento deu-se no Paraguai, já que, somente assim eles podem ser incluídos no Programa Nacional de Reforma Agrária.
De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), lá estão 436 famílias sem-terra. O levantamento é extra-oficial, feito quando de registro para entrega de cestas-básicas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Mas, existem estimativas que apontariam entre 650 famílias acampadas e 2 mil famílias que estariam dispostas a deixar o Paraguai.
Há cerca de 4 meses o êxodo devido à expulsão começou. Eles teriam perdido terras que depois teriam passado a ser arrendadas para grandes produtores agrícolas.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)