Após inúmeras reclamações sobre ingerências, nove diretores dos presídios federais pediram exoneração coletiva, deixando seus cargos à disposição do Ministério da Justiça.
Os diretores alegaram que o maior problema foi a falta de gerência do atual diretor geral do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Depen), Renato Campos Pinto de Vitto, ex-defensor público de São Paulo, empossado em maio deste ano.
Em Campo Grande, o responsável pela Penitenciária, Marcelo Correia Botelho, que está de férias, teria pedido afastamento do cargo.
Os diretores alegam também que a realização dos trabalhos nos presídios estaria sofrendo intervenções políticas do Ministério da Justiça e do Depen.
A insatisfação tomou conta dos diretores na semana passada, quando Vitto cancelou a coleta de material genético, agendada com a Polícia Federal, que seria realizada nos detentos das quatro penitenciárias federais, localizadas nas cidades de Catanduvas, Campo Grande, Porto Velho e Mossoró.
O procedimento está previsto na Lei 12.654/13, que instituiu o banco de DNA dos detentos no Brasil, e seria realizado em setembro deste ano.
Em consulta feita pelo Depen na Polícia Federal, o órgão solicitou informações “sobre a possibilidade de atender a coleta de material genético conforme prevê a lei”.
A Polícia Federal respondeu que as diligencias necessárias para atender a demanda serão executadas o mais rápido possível.
O Ministério da Justiça afirmou ainda que após a posse de Vitto, a equipe do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Depen), passou por um processo de reformulação.