A antiga rodoviária de Campo Grande deve se transformar novamente em ponto de ônibus. O projeto é implementar na antiga plataforma externa, na rua Joaquim Nabuco, ponto para as linhas que vão aos distritos de Anhanduí e Rochedinho. Ainda está previsto que as baias de estacionamento das ruas Dom Aquino e Barão do Rio Branco devem se transformar em área de embarque e desembarque de vans.
Essas medidas, sem data ainda para começarem a ser implementadas pela Prefeitura, tentarão revitalizar o local e tornar o ponto viável para a abertura de 216 lojas. Alguns desses comércios ainda continuam abertos.
O movimento de vans deve ser um dos principais focos de agitação na antiga rodoviária. Atualmente existem linhas para Cipolândia (distrito de Aquidauana), Bonfim (Corguinho) e Palmeiras (Dois Irmãos do Buriti). Hoje estes ônibus tem como ponto inicial a esquina das ruas Antonio Maria Coelho com a Avenida Calógeras.
O projeto pretende contemplar também o local onde estão instalados carrinhos de lanches. A intenção é viabilizar que haja funcionamento durante o dia e ali se torne uma grande praça de alimentação. A previsão é adaptar o piso, instalar banheiros e resolver alguns problemas de acessibilidade. É possível que o espaço seja ampliado, o que só deve acontecer se a rua no trecho entre a Dom Aquino e a Barão do Branco for fechado.
Quem pode ser retirado dali são os vendedores de carros usados. A proposta do Instituto Municipal de Planejamento é levar este comércio para a rua Consolação, em frente do Cemitério Santo Antonio. Segundo o diretor da Planurb, Marcos Cristaldo, neste novo local há 80 vagas de estacionamento disponíveis. A ideia é destinar 30 para os vendedores (hoje menos de 10 ficam regularmente no antigo terminal rodoviário), que usariam os banheiros (a serem reformados) do cemitério.
As demais 50 vagas serão reservadas para a clientela do comércio próximo. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Edil Albuquerque, vai se reunir com os comerciantes da região para detalhar o projeto.
Reunião entre prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (ponta da mesa), secretários e Heloisa Curi
Foto: Marlon Ganassin/PMCG
Discussão do projeto
A reunião que discutiu essas alterações na região da antiga rodoviária foi feita entre o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, secretários municipais e a presidente da associação dos proprietários do Condomínio Heitor Eduardo Laburu, Heloisa Curi, nesta quinta-feira, 24.
A região está degradada, com tráfico de drogas, prostituição, além de ter se tornado espaço de circulação de dependentes químicos.
Um novo encontro foi agendado para daqui duas semanas quando deverão estar concluídos os estudos de avaliação dos seis mil metros do prédio que, eventualmente, a Prefeitura terá de desapropriar. Esta área compreende os dois cinemas (cada um com 1.200 metros) e o estacionamento subterrâneo com 250 vagas.
O município é proprietário de aproximadamente 4 mil dos 25 mil quadrados do prédio. Esse espaço de propriedade municipal compreende as duas plataformas de embarque, além do espaço onde funcionavam os guichês para venda de passagens. Estes espaços podem abrigar repartições municipais (a Coordenadoria de Turismo da Sedesc, setores da Fundação do Trabalho).
Já os dois cinemas podem ser usados como espaços de eventos públicos da Fundação de Cultura. O condomínio tem uma dívida de IPTU calculada em R$ 2,5 milhões, valor que poderá ser abatido do valor das indenizações.
