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Cotidiano Sexta-feira, 20 de Junho de 2014, 10:24 - A | A

Sexta-feira, 20 de Junho de 2014, 10h:24 - A | A

“Quem paga a conta são os inocentes” comenta morador sobre acidente trágico em Campo Grande

Taciane Peres - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Campo Grande já parece acostumada com o número de acidentes envolvendo embriaguez no trânsito. Desta vez, as protagonistas da história foram duas jovens, Célia Caroline Oliveira, (25) motorista e a passageira Gabrielli Pinheiro Guenka, (21) que saíram de uma casa noturna na madrugada desta quinta-feira (19) sentido Ceará com a Coronel Antonino e colidiram o veículo Celta em um carro estacionado (Fox). Em seguida bateram em uma placa da farmácia São Bento e em uma academia ao ar livre, localizada na esquina entre as ruas Ceará e Amazonas.

Ao registrar o fato, a polícia encaminhou a motorista Célia, até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitária) enquanto a passageira que foi atendida pelo Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) tendo o braço decepado e foi encaminhada para a Santa Casa. Já a condutora em visível estado de embriaguez não sofreu nenhum ferimento grave e não quis realizar o teste do bafômetro.

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Gabrielli Pinheiro Guenka, vítima do acidente que teve o braço amputado pela batida
Foto: Arquivo facebook

De acordo com informações preliminares da Santa Casa, Gabrieli está consciente, estável mas ainda se encontra na UTI e inspira cuidados. Quem esteve no local no momento do acidente considera Gabrielli uma pessoa de sorte, tamanha violência da batida. “Eu estava dormindo, pois moro aqui em frente e ouvi o barulho. Foi algo muito forte que me deixou muito assustado, ainda bem que ela foi socorrida mas é uma coisa que acontece sempre aqui, o local é sinalizado, as pessoas é que dirigem bêbadas e sem preocupação com a vida alheia".

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Morador João dos Santos assustou durante a noite com o intenso barulho provocado pelo acidente
Foto: Deurico/Capital News

"A fiscalização deve ser muito rigorosa para que as pessoas não saiam causando acidentes e prejudicando a vida dos outros. Estou ainda muito assustado. Agora tem o fato de terem destruído a academia ao ar livre, que as pessoas usam diariamente. Quem vai arcar com o prejuízo? Quem paga a conta somos nós inocentes que não temos nada a ver com pessoas dirigindo embriagadas”, se revolta João Luís dos Santos, (43), que trabalha como montador e testemunhou o acidente minutos após a batida.

Já para a funcionária da farmácia Tayná Lopes não se surpreende com o número de acidentes aumentando não só na região e sim na cidade toda. “Não nos surpreende tantos acidentes causados por pessoas alcoolizadas no trânsito. Temos a Lei Seca, porém às vezes não é tão eficaz, pois os criminosos do trânsito ainda estão nas ruas. A saída deve ser mais fiscalização durante a madrugada, pois as pessoas têm a consciência de que nada irá acontecer com elas, o que dá o direito de saírem por ai causando acidente e tirando vidas inocentes. Isso só vai mudar com mais educação no trânsito”, revela Tayná.

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Funcionária da farmácia próxima ao acidente, Tayná Lopes, comenta sobre a violência no trânsito
Foto: Deurico/Capital News

 

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Marcas de sangue provocada por forte batida na madrugada desta quinta-feira (19)
Foto: Deurico/Capital News

Incidência
Apesar de campanhas educativas e fiscalização das autoridades de trânsito, Campo Grande registrou mais de 50 óbitos em 2014 por violência nas ruas da capital. Os jovens com idade entre 18 e 25 anos são os que estão no topo da lista dos acidentes fatais, com 23,48%. Com 11,30% estão dois grupos: os com idade entre 31 a 35 anos e de 36 a 40 anos de idade.

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Academia ao ar livre utilizada pelos moradores da região com aparelhos destruídos pela batida
Foto: Deurico/Capital News

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