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Cotidiano Segunda-feira, 05 de Maio de 2014, 12:02 - A | A

Segunda-feira, 05 de Maio de 2014, 12h:02 - A | A

MST/MS ocupa sede do Incra de Campo Grande

Bárbara Versolato - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, amanheceu ocupada, nesta segunda-feira (5), pelos movimentos sociais agrários, como parte das atividades da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Além disso, as rodovias 163 (Itaquirai) e 267 (Nova Andradina) estão trancadas e o Banco do Brasil de Aquidauana também está ocupado.

Um dos maiores movimentos que participam das atividades é o MST/MS (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que atualmente possui cerca de duas mil famílias acampadas em todo o Estado e reivindica questões como a criação de mais assentamentos, agilidade do poder judiciário para liberar a desapropriação de terras, infraestrutura para os acampamentos, mais créditos, construções de casas, entre outros assuntos.

De acordo com Jonas Carlos da Conceição, dirigente nacional do MST/MS, os motivos para lutar são muitos: “Diante de um governo que prioriza um modelo agrário, que produz mercadorias ao invés de alimento, nós não temos outra saída a não ser nos mobilizarmos, só em Mato Grosso do Sul são quatro anos sem Reforma Agrária”, afirma.

Jonas Carlos disse que um dos principais motivos da mobilização se deve a situação em que se encontra o Incra de MS. “O nosso Estado é o que possui o maior número de famílias assentadas do Brasil e atualmente o Incra, instituto que deveria ter condições reais de atuar nesta área, se encontra com um quadro de funcionários insuficiente e ainda atua com um orçamento bem abaixo do necessário, por isso hoje também estamos lutando para que esta realidade mude, pois precisamos desse órgão atuando fortemente para conquistarmos questões como a Reforma Agrária”, disse.

O dirigente disse ainda que foi entregue uma pauta com as reivindicações do movimento agrário de MS para o superintendente regional do Incra MS, Celso Cestari e que estão no aguardo de uma reunião para reivindicar a vinda de um representante nacional do órgão. A ocupação não tem previsão de término enquanto isso não acontecer.
Atualmente em MS são mais de nove mil famílias assentadas, no Brasil são mais de 100 mil e a maioria aguarda mais de 10 anos sob barracas de lona à espera de serem assentadas.

Na ocupação estão presentes pessoas ligadas ao MST/MS, a Central Única dos Trabalhadores Rural (CUT/MS/Rural), Federação dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (FETAGRI/MS) e do Movimento Camponês de luta pela Reforma Agrária (MCLRA).

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Fotos: Divulgação MST/MS

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