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Cotidiano Terça-feira, 25 de Março de 2014, 16:29 - A | A

Terça-feira, 25 de Março de 2014, 16h:29 - A | A

Pais de bebê com doença rara realizam campanha em busca de ajuda em Campo Grande

Rodson Willyams - Especial - Capital News

Timóteo é um bebê de apenas dois meses e já passa por um grande desafio. Ao completar um mês de vida, ele foi diagnosticado pelos médicos com linfoshistiocitose hemofagocítica, doença rara que afeta o sistema imunológico e pode ser fatal. Este é o segundo caso que afeta a família, o primogênito acabou morrendo com oito meses.

De acordo com a mãe de Timóteo, Ana Paula Rodrigues, o drama de reviver a mesma história é uma situação delicada. “Não é fácil a gente ficar preso ao histórico, mas tenho expectativa sobre o que Deus pode fazer”. João Lucas era o primeiro filho do casal e não resistiu a doença e morreu. O garotinho chegou a fazer seis meses de hemodiálise e, além de Timotéo, Ana Paula também tem outro filho, de três anos.

Conforme a mãe, devido ao conhecimento sobre a doença, assim que o bebê completou 28 dias, surgiu uma desconfiança ao perceberem que o menino tinha alguns sintomas. "Ele começou a ficar com febre e o meu marido já achou estranho e nós o levamos ao médico onde foi confirmado a doença, após a realização de exames".

Na esperança de reverter e conseguir um doador para Timóteo, amigos e familiares se mobilizaram pelas redes sociais em uma campanha para chamar a atenção dos demais colegas para a doação de medula óssea. O transplante pode ser a única chance de mudar o quadro de saúde do pequeno menino.

No entanto, Ana Paula explica que a campanha não é especificamente para o filho, “é nacional [a campanha], essa é uma preocupação porque envolve muita gente e a gente sabe que tem muitas pessoas que desistem quando são chamadas. Por isso, a nossa campanha acontece de boca em boca. Na hora nós vamos informar às pessoas que comparecerem ao evento que elas podem salvar outras vidas”.

Doação

Segundo Karen Rodrigues, tia de Timóteo, até o momento pela rede social, aproximadamente 900 pessoas confirmaram presença para fazer a doação da medula. “É muito fácil para ser um doador, basta a pessoa vir com um documento com foto. Na hora será feito um cadastro e o sangue será colhido. Eles tiram de 5 a 10 ml e depois todas essas informações serão encaminhadas para um cadastro nacional chamado de Redome”, explicou.

Paralelo a isso, os amigos e os familiares pedem às pessoas que se sensibilizaram com a história e mudem a foto do perfil e coloquem a logo da medula óssea. “A ideia é despertar o interesse da população sobre o que é isso e também para fazer o cadastro que é muito simples”, ressaltou a tia.

Para quem quiser participar, a mobilização para a doação de medula óssea ocorrerá no próximo dia 29 de março (sábado), das 12 às 17 horas, na Igreja Bastista do Bairro Coronel Antonino. O endereço fica na rua Santo Angelo, 169 próximo ao Terminal General Osório. A Equipe do Hemosul de Campo Grande estará no local para colher o material.
 

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