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Saúde Quarta-feira, 16 de Junho de 2010, 15:11 - A | A

Quarta-feira, 16 de Junho de 2010, 15h:11 - A | A

Pacientes do Rosa Pedrossian são deixados em corredores devido à falta de vagas nos leitos

Marcelo Eduardo - Capital News

Enfermeiros e familiares de pacientes do Hospital Regional (HR) Rosa Pedrossian alertam para superlotação no setor de emergência. Pessoas são colocadas nos corredores devido à falta de vagas.

Conforme o Sindicato de Enfermeiros de Mato Grosso do Sul, 68 pacientes estão em estado de descaso. Alguns deveriam estar no Centro de Terapia Intensiva (CTI), afirma a presidente da entidade, Helena Delgado. “Estamos vivendo um caos”, exclama a enfermeira.

Conforme o enfermeiro que atua no estabelecimento, Eduardo Parra, por turno ficam 6 funcionários do setor de enfermagem na observação, onde existem aproximadamente 60 pacientes.

Na emergência, em que estão pacientes em situação de risco, existem 4 enfermeiros para atender a 14 pacientes. “Têm oito pacientes entubado, que precisa de cuidados mais delicados”, conta Eduardo.

Conforme Eduardo, a situação está agravada desde o mês passado, mas piorou nos últimos dias. “Não dá para dar assistência correta a todo mundo.”

As famílias também sofrem ainda mais. Elas observam o descaso, segundo o sindicato. “Tem pessoa idosa ou criança precisando de cuidado e eles precisam de acompanhante. Aí, não tem nem uma cadeira, às vezes, para o acompanhante. Eles vêem a dificuldade do familiar e acaba, às vezes, criando atrito com o profissional, que não tem culpa”, relata Eduardo Parra.

Ainda de acordo com o enfermeiro, outro problema é a questão das pessoas que vêm do interior. Elas trazem bagagens e os materiais, por falta de local específico, acabam ficando alojadas de forma precária embaixo de macas.

Falta de equipamentos básicos, como aferidores de pressão, também é apontada pelos profissionais. São 2 deste tipo de aparelho para atender a 14 pacientes num dos setores, por exemplo.

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Imagem do corredor; segundo profissionais, situação está caótica há um mês e piorou recentemente
Foto: Sindicato dos Enfermeiros

"É uma situação de calamidade"

Assim são descritas as imagens dentro do HR por uma filha de dois pacientes do hospital. Preferindo manter o nome em sigilo, ela relata ao Capital News que a mãe, de 88 anos, está com problemas pulmonares e está internada desde sábado.

A idosa permaneceu na sala de emergência, mas teve que sair para dar lugar a outros que chegaram em situação mais grave. Então, foi levada para o corredor. Após dias nesta situação, ela “conseguiu um quartinho”, conta a filha.

O pai da nossa fonte, com 90 anos, “ficou quase três semanas no corredor”, relata. “Os dois rins dele não funcionam. Ele precisa fazer hemodiálise três vezes por semana. Ele passou mal e ficou quase três semanas no corredor. Na sexta, ele teve alta. Assim que saiu do hospital, minha mãe precisou ser internada.”

Ela não culpa os profissionais das áreas médicas e de enfermagem, mas, o Poder Público, que, não dá estrutura necessária ao local, segundo afirma. “Coitados. Eles não estão dando conta. É muita gente. Falta médico, falta enfermeiro. Falta material. Minha mãe ficou numa maca fininha. Não tem lençol. Não tem uma pomada para passar nela. Os profissionais atendem com boa vontade, mas, coitados, não dão conta. A gente que ajuda a dar banho nos pacientes.”

O Capital News tenta entrar em contato com o administrador do hospital. Ele não atende às ligações. Conforme o gabinete da presidência do HR, ele está em reunião. Deixamos recado esperando uma resposta, todavia, a informação repassada pela secretaária de gabinete é de que somente a Secretaria de Estado de Saúde (SES) que deve passar a informação. Entramos em contato com a assessoria de imprensa da instituição e aguardamos resposta.(modificado às 16:14 para acréscimo de informações)

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Sala não tem capacidade para atender a todos, afirmam enfermeiros
Foto: Sindicato dos Enfermeiros


Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)

 

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Maria de Lourdes Souza 17/06/2010

Achei esta reportagem de muito mal gosto, nada ética, pois é proibido a publicação de imagens de pessoas sem a autorização das mesmas. Além do que o reporter se mostrou um ignorante na questão de profissionalização em saúde, já que enfermeiro é o profissional que cursou a faculdade de Enfermagem e em nenhuma instituição de saúde desta cidade existe um quadro de funcionários com tantos enfermeiros lotados em um mesmo setor. Acredito que os profissionai citados na matéria eram Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, profissionais de nível médio, inclusive é fato conhecido por todos que a Sra. Helena é técnica de enfermagem e nunca teve COREN de Enfermeira. Como já foi citado anteriormente existe esta diferenciação inclusive quando se fala de registros no COREN, orgão que regulamenta a profissão. Por fim acho lamentavel que a midia veicule um areportagem como esta, onde o reporter não teve a preocupação nem de identificar adequadamente os profissionais, pior em verificar a veracidade das informações.

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Roberto Almeida 16/06/2010

Gostei muito desta materia, pois esta mostrando de verdade onde o nossos impostos nao sao aplicados. nao verdade um vergonha nacional!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Acho até que poderia ser mostrado em rede nacional ao que o povo sulmatogrossense esta sujeito quando precisa assistidlo pela saude local!!!!!valeu mesmo!!!!

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2 comentários


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