Comitê formado por representantes das secretarias de Estado e municipal de Saúde (SES e Sesau) deve se reunir semanalmente para definir o sistema de regulação de vagas nos hospitais de Campo Grande, principalmente a Santa Casa. Os encontros antes eram semanais, mas, a periodicidade foi alterada devido ao momento de falta de leitos encontrados nos Centros de Terapia Intensiva (CTIs). Outra medida visando desafogar o atendimento é a possibilidade de criar CTIs intermediárias, segundo o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB).
Conforme a responsável pelo setor de Urgência e Emergência da Sesau, Gislaine Budib Poleto, no final dessa quarta-feira (26) as instituições estiveram reunidas e definiram que em vez de mensalmente, os encontros serão uma vez por semana. “Montou-se um grupo para avaliar toda essa situação toda semana. Esse grupo vai organizar as vagas de leitos. Vai ver para onde vai o paciente, distribuir melhor, por exemplo, um para neurologia, outro para ortopedia. Ou seja, vai ver o fluxo para as referências”, explica.
Ontem, o Sindicato dos Enfermeiros de Mato Grosso do Sul (Siems) mostrou que a administração da Santa Casa de Campo Grande – maior hospital público do Estado – enviou ofício à Central de Vagas do Estado e também ao Corpo de Bombeiros e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para não encaminhar pacientes graves e que necessitem de internação no Centro de Terapia Intensiva (CTI) ao local. A indicação é de que os pacientes que chegarem deverão ficar nas ambulâncias caso não haja vagas na emergência.
De acordo com Gislaine Budib Poleto, o problema “já foi sanado”. “Não era só a Santa Casa, eram todos os hospitais que estavam lotados. Então, organizamos e precisávamos de um tempo para verificar e regular o fluxo para enviar os pacientes às especialidades nos locais de referência.”
CTIs intermediárias
Sobre o funcionamento da Santa Casa. Conforme o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) a ideia é de que sejam criados Centros de Terapia Intensiva (CTIs) intermediários para minimizar a superlotação.
“Se houver um doente grave que já está bom para sair do CTI, mas ainda não totalmente bom para ir a uma enfermaria, temos que ter esse serviço intermediário, que é o que vamos tentar implantar”, afirmou, durante lançamento de obras na Avenida Ricardo Brandão, na manhã desta quinta-feira (27).(Com colaboração de Lucia Morel e Eduardo Penedo)
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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