O processo eleitoral para a presidência da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) que foi suspenso por decisão judicial continua sem data para a realização da eleição. A decisão sobre a suspensão da eleição que aconteceria nesta terça-feira (7) foi ratificada pelo desembargador do Tribunal de Justiça (TJ-MS), Luiz Tadeu Barbosa Silva, que manteve paralisado o processo para a escolha da direção.
A escolha estava marcada para hoje e mesmo em suspensão imposta pelo TJ, desde o dia 31 de maio, o atual presidente e candidato a reeleição Francisco Maia (Chico Maia) havia declarado que a eleição ocorreria hoje, sendo que em nome da entidade ele havia recorrido e manteria o pleito.
O magistrado ratificou a decisão proferida em primeiro grau, pela juíza Gabriela Muller Junqueira, que julgou a ação da chapa de oposição, liderada por José Lemos Monteiro (Zeito), que contestou o processo em falta de listagem e de uma comissão eleitoral composta dias após a chamada para o pleito.
A eleição tem dois candidatos, onde os já citados, Chico Maia, briga pela reeleição e o Zeito busca uma possível primeira eleição.
Dois lados
O TJ manteve a suspensão da eleição, já proferida pela juíza Gabriela Muller Junqueira a favor da chapa de oposição,
Segundo o candidato da chapa o Zeito, disse que a decisão judicial demonstra que o processo eleitoral estava contaminado. Ele lembrou que quando recorreu no Judiciário foi à única saída que encontrou para ter acesso à lista dos eleitores e exigir formação de uma comissão eleitoral isenta. “Atitudes assim revelam uma sede desmedida pelo poder, atropelando a ética e o bom senso que sempre imperaram na Acrissul desde a sua fundação”, afirma Zeito.
“A partidarização existente na atual diretoria da entidade é tão grande que “contaminou negativamente o processo eleitoral”, obrigando-o a recorrer ao Poder Judiciário para dispor de informações simples, como acesso à lista total de associados aptos a votar”, acrescnetou Zeito.
Situação
Para Maia foi dado todas as informações a todos, bem como forneceu todos os esclarecimentos a Justiça e na sua opinião já forneceu os dados necessários. A própria Juíza também indeferiu outro pedido da chapa opositora de ter uma listagem com dados pessoais e sigilosos dos associados.
“....Indefiro a liminar nos exatos limites do pedido formulado na inicial...., do Estatuto Social, prevê como peça essencial do processo eleitoral a simples relação dos eleitores, sem fazer nenhuma menção às informações sobre número de matrícula, endereço, telefone, etc. Não bastassem esses argumentos, ressalte-se que o fornecimento de tais informações configura violação de dados o que é vedado pela Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso XII.”, despachou a Juíza.
Segundo Maia, em declaração ao Capital News, não esperava que uma eleição de classe, pudesse chegar a este ponto, tendo que ‘atrapalhar’ a Justiça por questões que poderiam ser resolvidas internamente.
“É uma eleição de classe, ‘individual’, não poderia chegar a esse ponto. Tínhamos que resolver entre nós e não levar isso a público e na Justiça. Mas oposição é a mesma que concorreu conosco no passado e pretende ir por esse caminho”, comentou Maia.
Por Lúcio Borges - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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