Uma Comissão de Segurança composta por representantes da reitoria e da segurança da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) juntamente com representantes do Diretório Central Estudantil e dos Centros Acadêmicos de diversos cursos do Campus de Campo Grande entrará em ação a partir da próxima semana como uma das medidas de segurança, após o estupro de uma acadêmica de química, ocorrido na manhã desta segunda-feira (11) em uma das passarelas próximas ao Lago do Amor, localizada na própria universidade.
Na tarde de hoje, cerca de 400 acadêmicos foram até a frente do prédio da reitoria protestar por mais segurança com vários cartazes, tambores e com as caras pintadas. o vice-reitor, professor João Ricardo Tognini; o gerente de serviços gerais, professor João Jair Sartorello; e o delegado da 5ª área – responsável pelo câmpus da UFMS, Fernando Nogueira; reuniram-se com 20 alunos, representantes do Diretório Acadêmico (DCE) e dos centros acadêmicos da Universidade.

O protesto por segurança, em frente à reitoria da UFMS, reuniu cerca de 400 alunos
Foto: Deurico/Capital News
Em uma reunião de quase três horas e meia, os alunos discutiram com os representantes da reitoria, soluções para a segurança da instituição. O vice-reitor, professor João Ricardo Tognini, explicou que a falta de verbas para a instituição é o principal motivo da falta de estrutura não só na segurança como em outros setores. Como medida de segurança imediata, os seguranças da instituição, que de acordo com a reitoria são 36 homens no total, a partir de amanhã cumprirá a carga horária das 6 horas da manhã até às 23 horas, já que anteriormente, o expediente dos seguranças era das 11 horas da manhã até às 23 horas. “Foi uma medida necessária que estará em pleno funcionamento a partir desta terça-feira. Áreas consideradas ‘pontos críticos’ como o Auto Cine, a passarela de acesso até a Unidade 7 e outros setores terão a segurança reforçada” disse o gerente de serviços gerais, João Jair Sartorello.

Reuinão com acadêmicos e a reitoria da UFMS determinou a criação de uma Comissão de Segurança na Instituição
Foto: Deurico/Capital News
Outro problema que estaria travando os investimentos na segurança na instituição é a extinção do cargo de segurança da universidade como parte dos cargos disponibilizados em concursos, sendo a atual terceirizada. Durante a reunião, os alunos que estavam do lado de fora chegaram a impedir o trânsito de veículos na principal via em frente à UFMS, a Avenida Gury Marques. Equipes da Cigcoe, Polícia MIlitar, Agetran e Detran estiveram no local coordenando o trânsito que ficou completamente tumultuado. Com o término da reunião, os alunos liberaram a pista e se dirigiram novamente para a frente da reitoria.
De acordo com o ofício assinado pelos representantes nesta tarde, a instituição se comprometeu a solucionar os problemas de segurança, além de se comprometer a resolver os problemas de iluminação externa e nos blocos do campus. Segundo o documento, a Comissão de segurança poderá ter de três a sete representantes dos docentes. Uma reunião entre os acadêmicos determinará os nomes que participarão da Comissão. O documento prevê o funcionamento da Comissão a partir da próxima segunda-feira. Cada representante terá acesso aos mapeamentos dos pontos críticos da universidade para que sejam tomadas as medidas de segurança no local.

Acadêmicos pararam o trânsito na Avenida Gury Marques protestando por maior segurança na UFMS
Foto: Deurico/Capital News
Por Jefferson Gonçalves - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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