Investimentos de cerca de R$ 315 milhões estão garantidos a Campo Grande por intermédio do governo Federal que enviará recursos financeiros para concretização dos projetos da Prefeitura da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Conforme o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), outros R$ 45 milhões são pleiteados pelo município junto ao Programa de Aceleração do Crescimento fase Social (PAC Social). As obras devem começar em 2011.
Nelsinho apresentou os projetos na manhã desta segunda-feira (27), em evento na Esplanada Ferroviária. De acordo com ele, as verbas para o PAC 2 já estão garantidas, as do PAC Social – mesmo tendo mostrado as obras a serem feitas – ainda dependem de confirmação da União. “Mas, a partir do momento em que eles liberaram a senha para nós cadastrarmos os projetos, estamos na próxima etapa. Todos têm até o dia 29 de outubro para enviar os projetos e a data para que eles [governo Federal] divulgue os contemplados ainda não tem, mas, eles não devem demorar muito não”, explica.
As obras do PAC 2 são de intervenção de infraestrutura e mobilidade urbana e as da versão social de melhorias nas áreas de Cultura, Educação e Saúde, com construções de creches e praças, por exemplo.
PAC 2
Conforme explicado por Nelsinho, as propostas deixadas em Brasília (DF) por ele mesmo e por sua equipe precisavam preencher os requisitos já definidos pelo governo Federal e depois ter justificativa, metas de execução e adequações aprovadas.
De acordo com as necessidades de infraestrutura de cada região de Campo Grande, como pavimentação asfáltica e drenagem, criação de parques lineares e moradias, por exemplo, foram liberados os recursos.

Prefeito fala em verbas do PAC 2, já garantidas, e do PAC Social, aguardando confirmação
Foto: Deurico/Capital News
As verbas do PAC 2 são
• Pavimentação e drenagem da Bacia do Córrego Bálsamo, com investimentos de R$ 67,54 milhões, divididos em R$ 44,45 milhões em infraestrutura, R$ 2,83 milhões em equipamentos comunitários (como bancos, academias, áreas de lazer, etc.) e R$ 20,26 em habitações.
Serão construídas 482 casas populares para abrigar as famílias que atualmente vivem atrás do vale do córrego.
• Continuação da melhoria no Córrego Segredo. A segunda etapa do PAC Segredo terá mais R$ 34,81 em investimentos, sendo R$ 22 em infraestrutura , R$ 2,28 em equipamentos comunitários e R$ 10,44 em habitações. Serão erguidas 249 residências.
• Pavimentação e drenagem da Bacia do Córrego Lageado. São R$ 77, 45 milhões (R$ 52, 65 para infraestrutura, R$ 1,56 para equipamentos urbanos e R$ 23,23 para habitação).
• Segunda parte das intervenções no Bairro Taquaral Bosque (região norte de Campo Grande). Com investimento de aproximadamente R$ 9 milhões, a proposta é construir a pavimentação e drenagem, instalar equipamentos comunitários como áreas de lazer e construir 64 casas. São R$ 4 milhões em infraestrutura, R$ 2,28 milhões em equipamentos comunitários e R$ 2,7 milhões em habitação.
• A segunda etapa do PAC Imbirussú terá R$ 54,55 milhões. Sendo R$ 38 milhões para infraestrutura, R$ 147,3 mil para equipamentos comunitários e R$ 16,33 milhões para construção de 299 casas.
• O Parque Linear do Cabaças será ampliado com investimentos de R$ 10,57 milhões. Será feito prolongamento até a Avenida Três Barras, no Bairro Tiradentes.
• As margens do Córrego Anhanduizinho também receberão mais intervenções. Haverá manejo sustentável das águas pluviais (oriundas da chuva) e recuperação das matas ciliares do fundo de seu vale. Todos os trabalhos estão orçados em R$ 43,67 milhões.
• Bairros da região sul da Capital terão R$ 17 milhões em investimentos para melhorar a mobilidade e a infraestrutura. Estão previstas as intervenções de manejo sustentável de águas pluviais nos bairros Jardim Jóquei Clube, Jardim América, Marcos Roberto, Vila Progresso e nos córregos Cabaça e Areias.
Segundo assessoria do prefeito, após a demonstração das metas de execução e prioridades das propostas, a Prefeitura optou por migrar o projeto Acesso das Moreninhas e Prolongamento da Avenida Guaicurus, avaliado em aproximadamente R$ 61 milhões, para o Programa Pró-Transporte, especializado em investimentos na área de mobilidade urbana em grandes cidades. Ainda de acordo com a assessoria, as demais reivindicações inscritas como Projetos Prioritários de Investimentos (PPI) e Manejo de Águas Pluviais não receberam recomendações de adequação e foram aprovadas nos quesitos técnicos e metas de execução, já que contém coerência de propostas e podem ser executados de forma independente.

Nelsinho afirma que apoio da Câmara de Vereadores e dos conselheiros das regiões urbanas foi fundamental para fundamentação dos projetos enviados ao governo Federal
Foto: Deurico/Capital News
PAC Social
Nelsinho conta com a certeza da liberação dos recursos para o PAC Social, muito embora admita que o município passou por uma pré-seleção ainda. Não havendo data para a divulgação do resultado da lista de contemplados.
“Nenhum projeto do PAC 2 ficou de fora e o PAC Social conseguimos enquadrar ponto a ponto”, comenta o prefeito.
São R$ 45,1 milhões a serem usados na construção de praças, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) e Centros de Educação infantil (Ceinfs).
São investimentos voltados à melhoria da qualidade de vida da população beneficiada. O foco são as comunidades da periferia, conforme ordena o governo Federal, para enquadramento no PAC Social. São aproximadamente 30 bairros contemplados. Os projetos estão vinculados ao Programa Minha Casa, Minha Vida.
Praças
Serão três: Jardim Noroeste, Parque do Sol e Jardim São Conrado. Cada uma terá 7 mil metros quadrados e custará R$ 3,3 milhões.
O espaço não será somente aberto e para lazer, mas, levará à disposição dos moradores destas regiões: anfiteatro; biblioteca; Centro de Referência de Assistência Social (Cras); pista de caminhada; pista de skate; aparelhos de ginástica; cineteatro para 60 pessoas; e outros componentes.
Nelsinho explica que a localização das praças foi definida para reforçar a presença do Poder Público nas regiões consideradas mais vulneráveis e fornecer esporte e lazer à população às pessoas que ali vivem.
Unidades de saúde
Serão duas UPAs – Vila Popular e Jardim da Lapa – e 13 UBSF: Aero Rancho, Ana Maria do Couto, Arnaldo Estevão Figueiredo, Azaléia, Cristo Redentor, Jardim Presidente, Nova Jerusalém, Paulo Coelho Machado, Recanto Gaúcho, Sírio Libanês, Vila Cox/Santa Luzia, Vila Fernando e Zé Pereira.
“No Jardim da Lapa será para desafogar o Posto de Saúde 24 horas do Guanandi. Com estas novas UPAs, vamos integrar completamente a cidade e seremos a primeira Capital a ter todo o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] totalmente interligado”, comenta Nelsinho.
Cada unidade custará R$ 2 milhões para ser construída e R$ 600 mil para ser equipada.

Secretário de Saúde fala que cada equipe de saúde da família atende em média 3,5 mil pessoas
Foto: Deurico/Capital News
“Com as novas unidades de saúde, vamos saltar de 23% para 60% de cobertura na cidade”, expõe o prefeito.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Leandro Mazina Martins, o governo Federal aumentará o recursos para custear as novas unidades de saúde da família. Cada uma recebe R$ 220 mil por ano. Elas possuem um médico, um enfermeiro, um técnico de Enfermagem e um odontólogo.
Ceinfs
Serão 19 novos. O investimento será de R$ 20 milhões e os Ceinfs atenderão aos bairros: Jardim Anache, Residencial Betaville, Canguru, Jardim Centenário, Inapólis, Moema/Perdizes, Moreninha 4, Nascente do Segredo, Vila Nasser, Jardim Noroeste, Oiti, Oliveira, Popular, Santa Emília, São Conrado, Tijuca II, Vespasiano Martins, Vida Nova 3 e Zé Pereira. Os locais foram escolhidos levando em conta a demanda e reivindicações dos Conselhos Regionais de cada bairro.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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