O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, afirmou nesta segunda-feira (1º), que irá acionar o Ministério Público Estadual (MPE) para apurar a compra e implantação pela Prefeitura de um software de R$ 9 milhões, na gestão passada, para agendar consultas médicas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Ele participou do Encontro Estadual de novos Prefeitos e Prefeitas de Mato Grosso do Sul, na Assomasul, em Campo Grande.
Para Bernal, o software “não tem utilidade”. Ele informou ainda que pedirá para o MPE apurar porque a Câmara Municipal de Campo Grande não instalou a CPI da Saúde para investigar a suspeita de fraude em licitações e superfaturamento de serviços do Hospital Universitário em Campo Grande, descobertas pela Operação Sangue Frio, deflagrada pela Polícia Federal, , em conjunto com a CGU (Controladoria Geral da União).
“É um absurdo não aprovar essa CPI. Precisamos abrir essa caixa preta do hospital. Eu vou acionar o Ministério Público”, disse.
As investigações iniciadas em março do ano passado apontaram que os pacientes do serviço médico de radioterapia do HU estavam sendo encaminhados para serem atendidos no Hospital do Câncer.