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Rural Quarta-feira, 04 de Fevereiro de 2009, 16:48 - A | A

Quarta-feira, 04 de Fevereiro de 2009, 16h:48 - A | A

Projeto familiar colhe primeira safra na Capital

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Familiares do projeto “Produção Programada” começaram a colher os primeiros produtos de suas lavouras hortifrutigranjeiras. Fomentado pelo governo estadual, que através do Crédito Fundiário viabiliza o acesso a terra, o projeto iniciou há quatro meses e já beneficia 37 das 100 famílias assentadas na fazenda Pouso Alegre, em Campo Grande. Atualmente nove variedades são cultivadas, produção que gera aos familiares da Associação Sucuri um lucro líquido de 50% do total comercializado ao mês.

Em outubro do ano passado a secretária de Produção (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, e o diretor da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), José Antônio Roldão, foram até a propriedade conhecer o projeto. Na ocasião estiveram com o coordenador da Associação do Cinturão Verde, órgão gestor do projeto, Josué da Cruz, que se comprometeu a realizar a primeira colheita em 60 dias, lançando assim um desafio à secretária que, em contra partida, deu um prazo de 90 dias.

Hoje pela manhã o agricultor esteve na Seprotur e entregou algumas unidades de seus produtos a Tereza Cristina e também a diversos funcionários que passavam pelo local. “Meu sonho é ver o Estado deixar de importar. Eu sempre fui arrendatário, agora sou dono da minha terra e já estou colhendo meus produtos”, ressaltou ele acrescentando que, quanto ao desafio, a primeira colheita foi realizada em 75 dias.

Crédito fundiário

Criado em 2003 pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) em substituição ao extinto Banco da Terra, o Programa Nacional de Crédito Fundiário complementa as ações de reforma agrária, proporcionando acesso à terra a pequenos produtores rurais através de um financiamento feito pelo Banco do Brasil.

Para se cadastrar, o produtor precisa obedecer a alguns critérios como ter atividade comprovada na agricultura familiar em pelo menos cinco dos últimos quinze anos; possuir renda familiar anual de até R$ 15 mil e patrimônio igual ou inferior a R$ 30 mil. O produtor interessado em se cadastrar não pode ter restrições de crédito ou ter sido beneficiado anteriormente pelo programa, pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou pelo extinto Banco da Terra.

Em Mato Grosso do Sul, cada beneficiário pode acessar até R$ 40 mil, com prazo de pagamento de até 15 anos, dois anos de carência e juros de até 5,0% ao ano.

A Unidade Técnica Estadual do programa (vinculada a Agraer) trabalha atualmente com 46 Associações do extinto Banco da Terra e com as novas associações do Programa de Crédito Fundiário. O Estado conta hoje com 3.585 famílias cadastradas no Programa de Crédito Fundiário. Destas, 1.001 já contrataram crédito junto ao Banco do Brasil. Só na capital 221 famílias já foram beneficiadas. (Com Informações: Assessoria)

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