"Quando produzimos biocombustíveis de produtos agrícolas não usados como alimentos, tudo bem. Mas, quando eles são feitos de produtos alimentícios, isso representa sério problema moral", disse Strauss-Kahn à rádio Europe 1.
Questionado se apoiaria uma possível moratória na produção de biocombustíveis, Strauss-Kahn respondeu: "Caso eles usem alimentos".
Os EUA estão desviando sua produção de milho para fabricar álcool, elevando preços dos alimentos.
Os países precisam encontrar o equilíbrio entre a solução de problemas ambientais e a necessidade de garantir que as pessoas não morram de fome, ele disse, acrescentando que os protestos causados pela alta nos custos dos alimentos em todo o mundo podem piorar.
"Em termos de distúrbios causados pelos problemas alimentares, o pior, infelizmente, pode ainda estar por vir", ele declarou. "Centenas de milhares de pessoas serão afetadas."
Escassez de alimentos e a disparada em seus preços causaram tumultos e protestos em países como Haiti, Camarões, Egito, México, Níger e Indonésia e geraram um questionamento mais profundo dos biocombustíveis de primeira geração, produzidos com base em safras alimentícias.
Sarkozy
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, também interferiu no debate, dizendo que a crise atual pedia não por resposta imediata, mas por uma ambiciosa estratégia de apoio à agricultura. O premiê britânico, Gordon Brown, pediu na semana passada que o G8 (as sete nações mais industrializadas e a Rússia) discutam a alta dos alimentos e os biocombustíveis. A ONU e organizações de ajuda humanitária dizem que a alta de alimentos ameaça avanços recentes no combate à fome.
Os biocombustíveis não são o único fator a elevar os preços dos alimentos. Aumento global do consumo e quebras importantes de safras explicam a inflação alimentar. Na quarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de "palpiteiros" e "simplistas" os críticos dos biocombustíveis. (Fonte: Com agências internacionais/ Folha de São Paulo)
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