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Rural Terça-feira, 02 de Dezembro de 2008, 10:36 - A | A

Terça-feira, 02 de Dezembro de 2008, 10h:36 - A | A

Europa confirma ‘negociação’ para entrada do etanol

Da Redação

A Europa confirma que está em plena negociação com o Brasil para abrir seu mercado ao etanol nacional. Ontem, a nova comissária de Comércio da União Européia, Catherine Ashton, admitiu que o diálogo com o Brasil estava ocorrendo. Já o Brasil mantém o segredo sobre a negociação.

Não vou entrar em detalhes (sobre a proposta européia), pois estamos em plena negociação, afirmou a comissária. Questionada mais uma vez pelo Grupo Estado se o processo com o Brasil estava ocorrendo nesse momento, ela respondeu positivamente.

Já a diplomacia brasileira tenta evitar falar do assunto, não querendo que a imagem do governo nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) se limite a uma barganha por acesso a um só produto. O Itamaraty sequer confirma que existem negociações para a criação de cotas ao produto que é considerado como o carro-chefe da diplomacia comercial do Brasil.

Negociadores, porém, confirmaram que o Brasil recebeu a promessa de preencher uma cota de 6% do consumo europeu de etanol.

A diferença entre o discurso do Brasil e da Europa também marcou o processo negociador em julho, que acabou fracassando. Naquela ocasião, enquanto o Itamaraty negava contatos sobre o assunto com os europeus, o ex-comissário de Comércio da Europa Peter Mandelson publicava em seu blog que havia feito uma proposta ao chanceler Celso Amorim para o etanol e que o Itamaraty havia recusado.

Segundo o governo, a criação de cota não é o ideal, já que representa um retrocesso em relação à tarifa que existe hoje. Mandelson sugeriu a redução da atual tarifa de 40% para cerca de 10%. Mas com um limite para as exportações brasileiras. O cálculo seria baseado no consumo futuro do produto no mercado europeu. Em 2020, a cota para o Brasil chegaria 1,75 bilhão de litros de etanol. O volume é considerado como insignificante, correspondendo a 5% do consumo do biocombustível na Europa. (Fonte: Folha de Londrina)
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