O primeiro Centro Tecnológico do Couro do Brasil Central inaugura amanhã (19) o complexo laboratorial que vai possibilitar a conclusão da primeira etapa de transformação da pele em couro: o “wet blue”. A solenidade acontece às 9 horas na Embrapa Gado de Corte e deve contar com a participação do governador André Puccinelli e da secretária Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (Seprotur), além do presidente da Federação das Indústrias Sérgio Longen (Fiems) e do conselheiro gestor do CTC, Ivo Scarcelli.
As obras foram lançadas no dia 5 de maio do ano passado e incluem os laboratórios Físico-Químico, Físico-Mecânico e Biotecnológico, um investimento total de R$ 1,2 milhão que conta com a participação do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect).
O processo de implantação do CTC teve início em 2004 e prevê, a médio/longo prazo, a instalação de toda a parte laboratorial para que se possa concluir a ‘avaliação’ do “couro acabado”, última fase de processamento da pele (wet blue, semi-acabado e acabado).
SOBRE OS LABORATÓRIOS
Os laboratórios a serem inaugurados nesta quarta-feira vão possibilitar a consolidação de um dos principais propósitos do projeto que é o apoio à pesquisa, bem como o desenvolvimento de novas tecnologias, identificando e alavancando o desenvolvimento industrial do setor e do Estado. “A pesquisa é um processo muito importante, pois permite ampliar e diversificar a cadeia, gerando empregos, melhorando a qualidade da matéria-prima e aprimoramento de produtos e processos”, destaca a secretária Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, que representa o Governo do Estado no Conselho Gestor do CTC.
O tecnólogo e especialista em técnica em curtimento de couro, Fabrício Castelli, que é o responsável pelos laboratórios, explica os processos a serem desenvolvidos em cada unidade: Biotecnológico – processo de avaliação estrutural da pele “in natura” a ser industrializada (estuda a reação da pele ao longo do processo químico); Físico-Químico – avalia os produtos químicos a serem utilizados na transformação da pele em couro (pele já processada e estabilizada quimicamente) e Físico-Mecânico – avalia a resistência do produto final, ou seja, a resistência do couro wet blue (teste final).
Anexo aos laboratórios está instalado uma unidade fabril, também integrante do CTC, estrutura destinada a qualificação de mão-de-obra. Em pleno funcionamento desde o início do ano passado, cinco turmas já foram formadas até o primeiro semestre deste ano, um total de 90 pessoas qualificadas para atender às indústrias do setor no Estado. (Com informações da assessoria de imprensa)