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Rural Sexta-feira, 30 de Julho de 2010, 18:40 - A | A

Sexta-feira, 30 de Julho de 2010, 18h:40 - A | A

Agronegócio: “É uma atividade de maluco sem o seguro”, diz secretária

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Estar seguro mesmo diante dos imprevistos. Este é um objetivo comum entre comerciantes, empresários, investidores e na atividade rural não é diferente. “Vamos lutar pelo seguro. Essa vai ser a redenção da agricultura”, afirmou Tereza Cristina Correa da Costa Dias, Secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo do Estado do Mato Grosso do Sul (Seprotur), durante o Seminário Risco e Gestão do Seguro Rural, realizado nesta quinta-feira (29) pela Famasul, em Campo Grande/MS.

O seguro rural é um dos importantes instrumentos que permiti ao produtor proteger-se contra perdas decorrentes principalmente de fenômenos climáticos adversos. “Ninguém conhece o risco dessa atividade. É uma atividade de maluco sem o seguro. A gente segura carro, então por que não ter seguro na atividade rural? Ainda é caro para que todos tenham acesso”, questiona a secretária.

Na ocasião, foram discutidos ainda os desafios e as estratégias do seguro rural. De acordo com Tereza Cristina, um dos entraves encontrados é a pequena adesão e a falta de acessibilidade para o produtor. “A massificação da adesão é o grande dasafio, é o que nós estamos precisando. Seguro massificado e democrático para que todos possam ter acesso a ele”, conclui.

Estabilidade

Dentre os benefícios que o seguro rural pode trazer ao produtor, a secretária da Seprotur, Tereza Cristina Correa, destacou os seguintes: “O seguro trará redução de riscos, aumento da competitividade da agricultura brasileira, estímulo à produção, à renda e aos empregos, estabilidade nas relações comerciais e garantias de contratos e estabilidade nos estoques de preço”.

Durante o encontro, a secretária ainda cobrou uma maior participação governamental. “Ainda se tem um certo temor do governo em entrar em uma área que se desconhece. Onde os governos estaduais tem participado, esse seguro tem crescido mais, como os estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Hoje a participação dos governos é fundamental para distravar o seguro, porque ele está sendo caro para o produtor”, avalia.

Segundo Tereza Cristina, os valores cobrados pelo seguro não são acessíveis para o produtor rural. “O governo participa com 50%, os outros 50% ainda é muito caro para o produtor, ele não consegue viabilizar essa ferramenta. Se os estados participassem, um maior número de pessoas poderia ter esse instrumento e isso daria tranquilidade para o estado também. Em um ano de perdas, por exemplo, o produtor teria como honrar seus compromissos e as economias regionais sofreriam menos”, argumenta.(Fonte: Rural Centro)

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