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2021 Sábado, 01 de Janeiro de 2022, 07:00 - A | A

Sábado, 01 de Janeiro de 2022, 07h:00 - A | A

Retrospectiva 2021

Safra recorde e fim da vacinação contra aftosa foram destaques do Rural em 2021

Em ano de pandemia, a economia sul-mato-grossense foi muito bem representada pelo agronegócio

Viviane Santos
Especial para o Capital News

RETROSPECTIVA 2021

Deurico/Capital News

Colheita de milho

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Mato Grosso do Sul foi destaque na economia do País no início de 2021 com a notícia de que o volume de grãos exportados no ano anterior era já era 46% maior do que no ano de 2019 com 4,8 milhões de toneladas. O balanço também foi positivo no faturamento da oleaginosa, que chegou a U$ 1,6 bilhão, alta de 40% na receita. 

De acordo com reportagem publicada pelo Capital News em janeiro, foram 948 mil toneladas, uma alta de 119,11% do volume em relação a 2019. De acordo com o último levantamento do Departamento Técnico do Sistema Famasul, o farelo de soja de Mato Grosso do Sul apresentava resultados recordes nas exportações em 2020. 

No ranking nacional, o Estado permanecia como o 5º maior produtor e 6º maior exportador de soja em grãos, correspondendo a 9% e 5% de participação, respectivamente. De acordo com a Famasul, a China, principal destino das exportações do produto, respondeu por US$ 1,3 bilhão, ou seja 81,9% do total. O volume total de exportações para o país asiático somou 3,9 milhões de toneladas. O segundo lugar no ranking de compradores dos grãos sul-mato-grossenses é a Argentina com 7,7% da receita total.

Já no mês seguinte, Mato Grosso do Sul era destaque mais uma vez começando a colher mais uma safra recorde de soja. 

Dados catalogados pelo Projeto SIGA-MS, o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio implantado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) em parceria com entidades de produtores rurais, mostravam que a região Sul estava com a colheita mais avançada, com média de 1,4%, enquanto a região Norte está com 0,7%.

Começou a colheita da safra de soja 2020/2021 na segunda semana de fevereiro em Mato Grosso do Sul, com atraso em relação à safra anterior devido à estiagem que se estendeu pela Primavera e atrapalhou o plantio. 

No mesmo período do ano passado, a porcentagem de área colhida era de quase 10% do total das lavouras. 

Em comparação aos dados da safra anterior (2019/2020), estimava-se aumento de área plantada em aproximadamente 7,55%, passando de 3,389 milhões para 3,645 milhões de hectares. Estava mantida a previsão de mais uma safra recorde de soja em Mato Grosso do Sul. Para tanto, o esperado era um aumento de 2,35% em relação à expectativa do volume de produção de grãos (de 11,325 milhões de toneladas para 11,591 milhões de toneladas). O valor médio do produto era de R$ 151,38 a saca de 60 quilos e 60,82% da safra de soja já estava comercializada. A produtividade esperada é de 53 sacas por hectare.

Sai a soja e entra o milho, outra importante cultura agrícola de Mato Grosso do Sul. A estimativa no começo do ano era de um aumento de área plantada de aproximadamente 5,70%, passando de 1,895 milhão (safra 2019/2020) para 2,003 milhões de hectares na safra. 

Rebanho

Fórum de debates realizado no mês de outubro entre Senar-MS e Comitê Gestor Estadual do Plano Estratégico do PNEFA, tratava a possibilidade de retirar-se a vacinação contra febre aftosa do rebanho no Estado.

Divulgação/Iagro

Durante a campanha contra a aftosa os produtores de MS devem atualizar dados do rebanho

Rebanho

 

“Já somos referência em produção e qualidade, e, agora, a meta é a abertura de novos e exigentes mercados”, ressaltou o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni. O evento teve como objetivo alinhar as ações estratégicas para elevar o status sanitário do Estado e do país.

Em agosto o Estado já alcançava  o índice de imunização de 99,69% do rebanho proposto, conforme relatório da campanha encerrada em 31 de julho. O compromisso da cadeia produtiva com o Governo do Estado - através das ações da Semagro e da atividade diária da Iagro - em mudar o status sanitário de Mato Grosso do Sul, resultou na superação da meta de vacinação. 

O índice de cobertura vacinal dos animais passou de 99,49% na etapa de maio de 2020 para 99,69% na etapa de maio de 2021. Essa porcentagem representa 18.653.836 bovídeos em 53.808 propriedades envolvidas na etapa de maio em todo o Estado.

O índice de cobertura vacinal de animais passou de 99,49% na etapa de maio de 2020 para 99,69% na etapa de maio de 2021. De acordo com a assessoria, essa porcentagem representa 18.653.836 bovídeos em 53.808 propriedades envolvidas na etapa de maio em todo o Estado.

 

Em números totais, o índice de vigilância em propriedades durante a etapa passou de 2,18% em maio de 2020 para 2,95 % na etapa de maio 2021, considerando as três modalidades de vacinação estratégica (vacinação assistida, fiscalizada e agulha oficial).

O Secretário de Estado Jaime Verruck , residente do Comitê Estadual do Plano Estratégico do PNEFA, falou com satisfação dos números da campanha destacando que um dos principais objetivos estratégicos definido junto com o Governo Federal, pelo Governo do Estado é a mudança de status para ‘livre da febre aftosa sem vacinação’, em Mato Grosso do Sul.

Dessa forma, o Estado está se preparando para a retirada da vacinação contra febre aftosa a partir de 2022,  de acordo com o Iagro, como uma das ações fundamentais para garantir a segurança e a eficácia desse processo é a valorização dos fiscais estaduais agropecuários, que é uma das carreiras da Iagro. São esses profissionais que monitoram, avaliam e garantem a qualidade e a sanidade do rebanho bovino sul-mato-grossense.

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