Acervo pessoal
O natal não é uma confraternização e sim o encontro com o filho de Deus
Na próxima segunda-feira (25) é celebrada uma das datas mais importantes para quem partilha da tradição cristã, o Natal. Neste mês é comum saudar as pessoas dizendo “Feliz Natal”, mas será que as pessoas, independentemente de religião, conhecem o verdadeiro sentido deste dia?
Para um lojista, o sentido pode ser um lucro maior; para uma criança, momento de ganhar presentes; para uma avó, o dia de fazer aquela receita que todos amam. E há também aqueles que sequer celebram o dia, porque não gostam da data porque remete a tristeza.
O que acontece é que entre tantos enfeites, árvores decoradas, luzes, guirlandas e com a presença do bom velhinho, quem deveria receber o destaque, acaba sendo deixado de lado. E aí a saudar por saudar com o “Feliz Natal!” será que é certo?.
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Casal participa do Arautos do Evangelho
O Natal é a data que se comemora o nascimento de Jesus Cristo, tido como uma das pessoas da Trindade Santa (o Filho de Deus) e o Messias, ou seja, aquele que veio ao mundo para redimir os pecados e salvar a humanidade. A professora aposentada de 63 anos Adilta Portela Novaes de Alencar e o Servidor Público de 64 anos Cesar Thadeu Moraes de Alencar sabem o verdadeiro sentido desta data.
É o dia de celebrar o nascimento de quem veio ao mundo para nos salvar
Casados há 42 anos, os dois nasceram e foram criados em um lar católico e desde cedo os pais ensinaram a importância deste dia. “Nós fomos ensinados a respeitar a data, participando de missas, orações, vivendo o catolicismo. Para nós essa data é especial, afinal é o dia de celebrar o nascimento de quem veio ao mundo para nos salvar”, destaca Adilta.
Os dois tiveram dois filhos e fizeram questão de repassar o que aprenderam a eles, detalha César Thadeu. Para o católico a data é uma das mais importantes do ano, além de lembrar do nascimento de Jesus, é o momento de reencontrar quem está longe. “Há quase dois anos estamos morando longe dos nossos filhos, neto. Este é o segundo Natal que vamos viajar para vê-los”,completa.
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Adilta e Cesar Thadeu ao lado dos filhos Ricardo e Rafael
O pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida das Moreninhas, Padre Jucelândio José do Nascimento destaca que, por conta do consumismo, o Natal tem cada vez mais, perdido o seu real significado, por isso ele faz um alerta: “O natal não é uma confraternização e sim o encontro com o filho de Deus”, pontua.
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O natal não é uma confraternização e sim o encontro com o filho de Deus
O padre explica um pouco sobre o surgimento da data. Segundo ele, o dia 25 de dezembro é lembrado como solstício de inverno na Europa. Por causa da inclinação natural da Terra, no hemisfério norte, é o dia mais curto do ano e, consequentemente, a noite mais longa.
Ele fala que na antiguidade os romanos pagãos pensavam que era uma ameaça dos deuses, e com medo destes, ofertavam-lhes sacrifícios; e com prolongados rituais, queriam agradar aos deuses, para assim evitar o desaparecimento da luz do sol. Segundo o religioso, com a cristianização do Império, os romanos recém-convertidos tinham saudades das festas realizadas por ocasião do Natal do Sol Invicto.
Por isso, a Santa Igreja encontrou um meio de direcionar para o bem essa tradição pagã: comemorar, neste dia, o nascimento de Jesus, o “Sol da Justiça que traz a salvação em seus raios”, apoiada em passagens da Sagrada Escritura, nas quais o Messias é apresentado como a “Luz para iluminar as nações”., “a verdadeira Luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem”.
Segundo o padre, a declaração oficial da Santa Igreja foi proferida pelo Papa Júlio I (337-352).
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