Acervo pessoal

A família visitou o Rio Paraíba, onde a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada pelos pescadores
Regiane Dias Medrado, 40 anos, tinha apenas 22 quando engravidou pela primeira vez. Rhyan é fruto do seu casamento com Rony Peterson Oliveira Silva, 41 anos, com quem vive há 22. Com três dias de vida, o filho do casal começou a ter episódios de febre que, no começo, foi atribuída a um dos sintomas da vacina BCG, administrada aos recém nascidos para proteger contra a tuberculose. No entanto, a febre acabou persistindo mais do que o normal e a mãe foi orientada a procurar o atendimento médico.
No hospital Santa Luzia, da pequena Vila Juti, onde morava com a família no interior do Estado, Rhyan começou a apresentar, além da febre, vômito e sangue pela urina. Após os exames, o pequenino foi diagnosticado com uma infecção urinária atípica, que já se espalhava pelo corpo. Além disso, o diâmetro encefálico indicava que ele teria hidrocefalia.
"Tinha muito medo que Deus levasse meu filho"
Recém operada em uma cirurgia cesariana, Regiane, ainda sentia os efeitos de um parto dolorido e se desesperava pela vida do primeiro filho. “Era muito inexperiente, tinha muito medo que Deus levasse meu filho. Foi quando me veio à mente, fazer uma promessa a Nossa Senhora Aparecida, que se a febre baixasse, se meu filho ficasse bem, eu iria levá-lo até o Santuário”, contou.
“Foi tudo uma provação”
Instantes depois da oração daquela mãe, a febre sumiu! O médico chegou a recomendar que exames fossem feitos para garantir que a infecção não voltasse ao recém nascido e com a “graça da Virgem Maria”, ele estava curado. E o diagnóstico de hidrocefalia? Um engano da enfermeira, que não havia acertado na medida . “Foi tudo uma provação”, contou aliviada a mãe.
Dezenove anos depois, Regiane e Rony embarcaram para pagar a promessa feita. Foram acompanhados pelos dois filhos, Rhyan e Ruan, de dez anos, e também da sogra de Regiane e duas primas. “Demorou, mas conseguimos pagar a promessa”, contou. A demora em pagar se deu por conta da situação financeira. De família humilde, atualmente moram em um sítio há trinta quilômetros de Sidrolândia.
Rony tem uma empresa de poços artesianos e Regiane é dona de casa, mas vende passagens aéreas para uma empresa. Em seu relato de uma vida difícil até aqui, ela, que é nascida em Jateí, cresceu na zona rural e chegou a ser criada pelos avós. Ao lado do esposo, chegou a ficar em acampamentos de sem-terra na tentativa de garantir um pedaço de chão, mas há 15 anos conseguiram o sonho de ter seu próprio espaço, que são as terras onde vivem até hoje.
A devoção por Nossa Senhora Aparecida sempre existiu. De família católica, cresceu acompanhando as orações da avó, que seguia a vida dos santos. Mas o apego por Nossa Senhora Aparecida, ela nem sabe dizer como começou. “Tudo o que peço é pra ela”, contou.
Viagem planejada
Com a viagem planejada há pelo menos um ano, Regiane descreve os medos e inseguranças, mas também fala com emoção de tudo o que vivenciou em Aparecida, no interior de São Paulo.
“Foi tudo muito maravilhoso. E eu achava que o Rhyan não ia gostar, que iria reclamar das orações, dos terços. Mas ele amou e já chegou aqui falando em voltar, em participar mais. Foi uma viagem iluminada. Rezei muito por isso e ainda tô rezando”, contou.
"É uma energia diferente, você sente o milagre, sente o Espírito Santo entrar, foi inesquecível e quero guardar para o resto da minha vida"
“Todo lugar que eu entrava, me dava vontade de chorar. Começava a rezar e agradecer, eu chorei o tempo todo. É uma energia diferente, você sente o milagre, sente o Espírito Santo entrar, foi inesquecível e quero guardar para o resto da minha vida”.
A viagem da família de Regiane aconteceu entre os dias 4 e 8 de agosto em uma excursão com outros devotos, onde fez amigos e pôde partilhar experiências na fé.
• • • • •
• REDES SOCIAIS •
• REPORTAR NEWS • |