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Reportagem Especial Segunda-feira, 26 de Agosto de 2019, 10:52 - A | A

Segunda-feira, 26 de Agosto de 2019, 10h:52 - A | A

Campo Grande 120 anos

Campo Grande o lar de grandes histórias

Cidade Morena famosa pelas avenidas, parques e a natureza

Elaine Silva
Capital News

Deurico/Capital News

De orientais à guaranis, a Morena que encanta pelo pôr-do-sol completa 119 anos

 O centro da Cidade Morena

Campo Grande ‘Transformou-se em cidade primor’, a cidade que acolheu vários povos  de diferentes nacionalidades e os brasileiros de vários estados. A Cidade Morena, comemora nesta segunda-feira (26) 120 anos, oferecendo  uma boa oportunidade de viver uma vida longa e saudável, de ter acesso ao conhecimento e de ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas, como saúde, educação e renda.

Ocupando uma posição privilegiada geograficamente localizada no centro de Mato Grosso do Sul, equidistante de seu extremo norte, sul, leste e oeste; está também localizada sobre o divisor de águas das bacias dos rios Paraná e Paraguai, o que facilitou a construção das primeiras estradas que até aqui chegaram ou que daqui partiram. Esta posição em muito contribuiu para que se tornasse a grande encruzilhada ou polo de desenvolvimento da vasta região.

Arquivo Histórico de Campo Grande

De orientais à guaranis, a Morena que encanta pelo pôr-do-sol completa 119 anos

Os anos foram passando e Campo Grande foi se tornando cada vez mais bela.


A cidade é famosa pelas avenidas largas, por ter 96,3% dos domicílios em vias com arborização, pela limpeza das áreas públicas e trânsito sem grandes congestionamentos, 885.711 moradores, conforme a última estimativa do IBGE.  Campo Grande representa fielmente o hino, que retrata a felicidade dos campo-grandense, até mesmo daqueles que não nasceram na Capital:

“A cidade onde todos vivemos,
Aprendamos fiéis defender!
Nosso afeto à ela sagremos
E felizes assim hemos ser”

A Cidade Morena é viver em uma natureza a céu aberto que pode contemplar as aves e os bichos do Pantanal, a natureza sempre se mostra radiante com beleza dos lagos e dos parques, entre papagaios, tucanos e araras entre outras aves das mais variadas espécies que estão sempre passeando por toda a extensão dos 8.092,951 quilômetros quadrados e podem ser vistos e ouvidos em qualquer ponto, além das capivaras e jacarés que fazem sucesso quando aparecem no meio da população.

Roberto Higa

Parabéns, Campo Grande!

Parque dos Poderes um dos maiores destaques da Capital

Pontos Turísticos
Campo Grande tem 119 hectares de muito verde, dois museus, do Índio e de Arte Contemporânea, o Parque das Nações Indígenas é local favorito dos moradores e o principal cartão postal, a Feira Central, Esplanada Ferroviária e o Parque dos Poderes.

Criada em 4 de maio de 1925, a Feira Central e Turística de Campo Grande funciona há 15 anos na Esplanada Ferroviária. A mais famosa feira da cidade ficou por quase quatro décadas na Rua Abrão Júlio Rahe, mas começou mesmo na Avenida Afonso Pena e passou por outros dois locais. O Parque dos Poderes, área de 2,435 milhões de metros quadrados de florestas onde está instalado o centro administrativo e os principais prédios dos órgãos públicos estaduais e federais

Deurico/Capital News

 Campo Grande o lar de grandes histórias

Inicia a floração em Junho e pode ser encontrado até Setembro


Cidade dos Ipês

Agosto é o mês da Cidade Morena e da florada dos ipês brancos,  mas antes, já vieram os amarelos, rosas, que realça a beleza dos parques e avenidas. Os ipês se tornou a marca de Campo Grande, sendo que o ipê-amarelo já ganhou seu próprio título e se tornou oficialmente o símbolo de Mato Grosso do Sul. O governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) sancionou a lei, que prevê, ainda, o emprego da imagem em documentos oficiais, peças publicitárias e de comunicação visual, sempre que o Estado quiser divulgar as belezas e características botânicas.

História

Reprodução/PMCG

Sectur realiza Projeto Violada no Museu José Antônio Pereira

A casa onde o José Antônio Pereira morou é ponta turístico

Campo Grande foi fundada pelo mineiro José Antônio Pereira, natural de Monte Alegre, Minas Gerais. Ele chegou com sua comitiva à cidade em 21 de junho de 1872 e se estabeleceu na confluência dos córregos Prosa e Segredo.

Francisco Mestre foi o primeiro intendente do município de Campo Grande. O início do seu mandato se deu por volta de 1899 e teve fim em 1904. Nomeado interventor-geral interino até 1902, quando neste ano, é eleito intendente Bernardo Franco Baís, tendo como vice o próprio Francisco Mestre. Bernardo recusou-se tomar posse, e então, Francisco Mestre permaneceu no cargo. A localidade foi elevada à condição de município em 1889, com o nome de Santo Antônio de Campo Grande e mais tarde somente Campo Grande.

Deurico/Arquivo Capital News

Parabéns, Campo Grande!

Vista de Campo Grande - MS

Quatro personagens que fazem parte da Cidade Morena

Antônio Maria Coelho
Quando falamos da Rua Antônio Maria Coelho  com Pedro Celestino, na maioria das vezes sequer percebe que no muro do Colégio Auxiliadora, está fixada uma placa com algumas inscrições, que contam uma parte da vida de Antônio.

Segundo o jornalista, historiador e pesquisador Sérgio Cruz, Antônio Maria Coelho é conhecido como o Barão de Amambaí. A referência vem do fato dele ter ficado próximo ao rio sul-mato-grossense, durante a sua participação na Guerra do Paraguai que teve um dos episódios mais importantes conhecido como a Retomada de Corumbá, comemorada no dia  13 de Junho, quando Antônio Maria Coelho expulsou os paraguaios liderados por Solano Lopez que tomaram as terras da Província de Mato Grosso por ocasião da Guerra do Paraguai em 1865.

Essa Batalha entre tropas brasileiras e do Paraguai foi determinante para que os combatentes brasileiros retomassem o domínio sobre as terras que haviam sido invadidas pelo líder Paraguai Francisco Solano Lopes.  A atual bandeira de Mato Grosso é criação de Antonio Maria Coelho.

Pedro Celestino
Pedro Celestino Correia da Costa foi um militar e político, lutou contra a divisão do Estado e foi governador por duas vezes. É ele que dá o nome a uma das mais conhecidas ruas de Campo Grande onde está está localizado Igreja Matriz de São José, a Praça dos Imigrantes, local onde ocorrem algumas das mais importantes manifestações populares da Capital.“A família Correia da Costa veio da cidade de Corumbá, sendo uma oligarquia que tinha aqui. Eles chegaram juntos com outras famílias em política de colonização e lutaram durante muito tempo contra a divisão do Estado”, relata Sérgio.

Pedro foi governador do Estado de Mato Grosso, antes da divisão do Estado nos anos de 1908 á 1911 e 1922 á 1924. Pedro Celestino Correia da Costa é pai do ex-governador de Mato Grosso Fernando Correia da Costa e bisavô da Ministra da Agricultura Teresa Cristina.

Divulgação / Arca

117 anos de estilo e diferentes Projetos Arquitetônicos que tornam única Campo Grande

A Cidade Morena é conhecida pelas ruas largas

Padre João Crippa
O Padre João Crippa tem a sua história pouco conhecida por pelos moradores de Campo Grande, apesar de ser o fundador da Igreja Matriz São José e que tem seu corpo sepultado naquele prédio . Antigamente a via era conhecida como rua da Constituição, porém, o historiador e pesquisador Sérgio Cruz, informou que durante a administração do ex-prefeito de Campo Grande Levy Dias diversas ruas foram renomeadas, houve por bem prestar homenagem ao religioso.

Nome  da rua é em homenagem a Crippa que foi o fundador da Igreja São José, e morreu na década de 40. "Uma homenagem merecida, porque quando ele criou a igreja não tinha nada ali”, afirma Cruz.

Dom Aquino
A Rua Dom Aquino recebeu esta denominação em homenagem ao Padre Francisco de Aquino Correia, arcebispo e governador de Mato Grosso, mas a biografia dele é desconhecidos por muitas pessoas que passam pelas ruas todos os dias. Dom Aquino foi indicado como elemento conciliador, por Venceslau Brás e de forma indireta ao governo de Mato Grosso, pelo período de 1918 á 1922.

Padre Dom Aquino foi o primeiro sul-mato-grossensse a entrar na academia de letras e deixou peças literárias escritas. Em seu governo criou o Brasão de Armas de Mato Grosso, inaugurou o serviço de iluminação elétrica, introduziu os primeiros automóveis em Cuiabá e o Instituto Histórico de Mato Grosso.

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