Você é do tipo de pessoa que gosta de assistir aos desfiles cívicos militares, como o de 7 de setembro? Se a sua resposta for sim, saiba que você faz parte do time da empresária Josiane Pereira da Silva Rezende, de 45 anos, ou seja, o de pessoas que fazem questão de sair de casa no feriado para prestigiar esse momento.
A paranaense nascida em Santo Antônio da Platina, município que fica a 250 quilômetros de Curitiba, se mudou para Campo Grande há seis anos e não abre mão de acompanhar um desfile cívico. “Eu acho muito bonito ver os militares, as pessoas reunidas”, acrescentou.
Josiane veio com o marido e a filha de 13 anos para Capital para abrir uma empresa, ela conta que não conhecia a cidade e que veio “com a cara e a coragem”. Ao chegar aqui, se apaixonou e não quis ir embora mais.
Todos os anos faço questão de prestigiar
Na cidade onde morava já acompanhava os desfiles cívicos, no entanto a festividade era simples, não como em Campo Grande. Ela fala que o evento contava apenas com a apresentação de alunos e entidades, a filha, inclusive, já chegou a desfilar em algumas ocasiões “Quando cheguei aqui fiquei encantada com o que vi e por isso, todos os anos faço questão de prestigiar”, pontua.
Este ano, o desfile vai ser assistido por convidados especiais da Josiane, a sogra, a dona de casa de 58 anos Silvia Regina de Almeida e o sogro, o montador Pedro Luís Seixas de 54. Eles estão de passagem pela Capital, visitando a nora e vão acompáá-la neste dia. Natural de Curitiba, a sogra veio para a comunhão da neta no final de semana passado e resolveu esticar a viagem.
O feriado nacional de 7 de setembro é uma das datas comemorativas mais importantes do Brasil, isso porque abriga um dos principais acontecimentos da história brasileira: a independência. Foi neste dia, em 1822, que Dom Pedro deu início a nossa trajetória como nação independente.
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Independência ou Morte, por Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888. Exposta no Museu Paulista
Os desfiles cívicos têm importância singular no fomento à identidade brasileira, no entanto, nos moldes atuais, com a participação de escolas e algumas entidades, só passou a acontecer nos anos de 1930. Antes disso, somente os militares cruzavam ruas e avenidas no evento em alusão à Independência do Brasil, celebrada em 7 de setembro.
Seja no passado ou presente, a proposta dos desfiles sempre foi a mesma: promover o nacionalismo, o patriotismo, o civismo e a cidadania. Em Campo Grande, mais de 4 mil pessoas entre alunos da rede pública de ensino estadual e municipal, além das forças de Segurança Pública, militares das Forças Armadas e integrantes de entidades assistenciais e de projetos sociais de Mato Grosso do Sul devem desfilar em comemoração ao 7 de setembro.
Os organizadores pedem para que a população chegue com antecedência para garantir um bom lugar. O desfile tem início às 8h10 e será realizado na Rua 13 de Maio esquina com Avenida Afonso Pena, entre as atrações, haverá um desfile aéreo com aeronaves do Exército e da Força Aérea Brasileira que sobrevoaram o local.
Os estudantes, adolescentes e crianças de projetos sociais do Governo do Estado serão os primeiros a desfilar, encerrando com a passagem de veículos e viaturas das forças de Segurança Pública e das Forças Armadas. Este ano, estima-se que aproximadamente 15 mil pessoas acompanhem o desfile na Capital.
Desde as 20h de quarta-feira (6) a avenida Afonso Pena está interditada em ambos sentidos entre a Rua Rui Barbosa e a Avenida Calógeras. Além desse bloqueio, as ruas 13 de Maio (entre as ruas Dom Aquino e 15 de Novembro) e 14 de Julho também estão bloqueadas.
Nesta quinta-feira (7), a partir das 5h, a Rua 13 de Maio, onde ocorre o desfile, será totalmente interditada, entre as avenidas Mato Grosso e Fernando Corrêa da Costa, assim como a Rua 14 de Julho, entre a Avenida Fernando Corrêa da Costa e a Eça de Queirós. A previsão é de que as vias sejam liberadas, após o desfile de 7 de setembro, a partir das 13h.
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