A Câmara Municipal de Três Lagoas aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei nº 51, que proíbe o plantio e determina a eliminação da murta, planta comumente utilizada como cerca viva na cidade. Apesar de uma legislação estadual já existir, essa regulamentação visa reforçar o controle local para evitar que a planta, que é portadora do psilídeo, transmissor do greening, afete a citricultura.
A murta exala um perfume agradável à noite, mas seu impacto nas plantações de laranja é preocupante, pois o psilídeo que ela carrega pode comprometer a produção de citros. O município de Três Lagoas, que possui cerca de 167 hectares de laranja plantados, espera que com a eliminação da murta, a área citrícola se torne mais segura e produtiva.
O projeto é visto como um passo importante para consolidar políticas públicas rigorosas em defesa da citricultura em Mato Grosso do Sul. Municípios como Aparecida do Taboado também estão orientando a população a substituir a murta por outras plantas, a fim de estimular o crescimento da indústria citrícola na região.
Em 2024, o setor citrícola recebeu investimentos significativos, incluindo aportes de grandes empresas como a Cutrale, que investirá R$ 500 milhões em 5 mil hectares de laranja. A expectativa é que o Estado se torne um novo polo da citricultura no Brasil, com a instalação de indústrias de processamento de laranja e a criação de novos empregos no setor.