Equipes da ONU e do Ministério do Meio Ambiente estão em Campo Grande desde sábado (18) realizando visitas técnicas para planejar a COP15 das Espécies Migratórias, que será realizada em março de 2026 na capital de Mato Grosso do Sul. A expectativa é reunir representantes de mais de 130 países, além de cientistas, povos originários e sociedade civil.
Durante o evento, serão debatidos os desafios de conservação de milhares de espécies silvestres que cruzam fronteiras, como antílopes, baleias, elefantes, pássaros, peixes e até borboletas. “É uma oportunidade muito importante para Mato Grosso do Sul. Teremos todos os holofotes voltados novamente ao nosso Estado”, afirmou o secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette.
As visitas contam com representantes da CMS (Convenção sobre Espécies Migratórias da ONU) e do MMA. Segundo Falcette, o evento também será uma vitrine para os programas ambientais de MS. “Podemos atuar na captação de recursos para ampliação de programas de referência, como o pagamento por serviços ambientais”, destacou.
Campo Grande foi confirmada como sede da COP15 em março, após articulação entre o Governo do Estado e o Ministério do Meio Ambiente. “A escolha se baseou nas políticas ambientais já estabelecidas em nosso Estado”, explicou o secretário Jaime Verruck. A Semadesc é o ponto focal do evento e está coordenando a organização local desde 2024.
A COP15 será realizada entre os dias 23 e 29 de março de 2026. A Blue Zone (Zona Azul), para reuniões diplomáticas, será no Expo Bosque; a Green Zone (Zona Verde), com atrações culturais, ficará na Vila Morena, anexa ao Parque das Nações Indígenas. A previsão é que o evento receba entre 4 mil e 5 mil visitantes.
