Resultado do vestibular da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do SUl), realizada pela FAPEC ( Fundação de Apoio à Pesquisa , ao Ensino e á Cultura), e divulgada na última quinta-feira (11), indigna os 6 mil candidatos que tiveram suas redações anuladas.
O tema do descontentamento com a banca que corrige as provas não vem de agora. Os estudantes e professores estiveram na Câmara Municipal no fim de 2023, antes do recesso parlamentar pedindo providências.
juari
Divulgação
protestou em sua rede social
O vereador Prof Jauri (PSDB) usou sua rede social para protestar contra a “novela” Fapec em relação ao último resultado com 6 mil alunos reprovados.
“6 mil alunos zeraram a redação. Será que o problema tá com os alunos ou tá com o papel? Engraçado, boa parte desses alunos foram aprovados em outras instituições. Também, boa parte deles foram bem na redação, no processo que eles fizeram e passaram” destacou o vereador.
Juari levantou uma série de perguntas sem resposta. “Justifica a reprovação desses alunos? Quais as competências e habilidades que essa instituição está medindo? Quais os critérios dessa banca? Quero aproveitar para fazer um convite para aquela comissão que nós montamos, para a gente visitar algumas instituições agora do Judiciário, pedindo para que eles possam nos dar uma força nessa luta. São 6 mil famílias, são 6 mil alunos que estudaram e se dedicaram.”, protestou o professor e vereador líder da Comissão de Educação da Casa de leis.
Diante dos inúmeros questionamentos e da movimentação nas redes sociais, a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), responsável pelo certame, alegou que o alto número de redações zeradas e notas baixas se deve ao não cumprimento dos requisitos básicos exigidos para a elaboração da redação.
Em dezembro de 2023 o tema foi abordado em um protesto organizado na Casa de leis. Na época a reportagem conversou com a professora que detalhou a luta que enfrentam há anos, como repetido no resultado divulgado na última quinta (11).
“O que é importantíssimo frisar é que o nosso público, que é o público que presta vestibular, ele não tem voz na sociedade. Se erros muito menores tivessem acontecido em escolas de ensino fundamental, de ensino médio, muito teria sido dito, reportagens teriam sido feitas, mudanças já teriam ocorrido. Mas como eles são considerados uma minoria, eles justificam que não há erro, eles justificam que a banca é qualificada, que eles elaboram a questão correta. Mas eu convido os médicos do Mato Grosso do Sul para me dizerem se é correto que sacarase é a mesma coisa que sacarose. Um erro muda tudo. Sacarose é o substrato, é o açúcar. Sacarase é a enzima que hidroliza e eles alegam que não há problema nenhum na elaboração da prova. Então hoje vocês estamos reunidos aqui porque é literalmente a gota d'água.” enfatizou Milena Basso, professora de biologia, proprietária do Bioexatas.
O vereador afirmou que a Comissão irá procurar a Justiça para resolver esta questão que vem prejudicando a saúde mental de inúmeras famílias.
