A Prefeitura de Campo Grande anunciou que não vai prorrogar o decreto de emergência na saúde, que esteve em vigor entre 26 de abril e 25 de julho. A medida foi tomada inicialmente devido ao aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e ao déficit de leitos hospitalares na Capital.
No período em que foi implantado, o decreto permitiu ações emergenciais, como a liberação da vacina da gripe para todos os públicos e a possibilidade de transferir crianças do Pronto Atendimento Infantil para UPAs com mais estrutura. As medidas foram adotadas para conter a sobrecarga no sistema de saúde.
Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a redução dos casos de doenças respiratórias justifica o fim da medida. A pasta destacou que o monitoramento epidemiológico segue sendo realizado, e que as ações de prevenção, vigilância e assistência continuam ativas.
Durante a vigência do decreto, a cidade chegou a registrar 1.048 casos de SRAG em uma semana, sendo quase metade em crianças menores de quatro anos. A demanda por leitos, principalmente de UTI pediátrica, chegou a gerar fila de espera para internações.
De acordo com boletim da Fiocruz, o período de maior circulação viral em Campo Grande coincidiu com a decretação da emergência. Na época, a cidade tinha um déficit de cerca de mil leitos hospitalares e mais de 200 pessoas aguardavam vaga em hospitais.
A Prefeitura relembrou que a situação foi semelhante em 2024, quando também foi decretado estado de emergência na saúde. Em abril deste ano, o aumento de 125% nos casos respiratórios em comparação a fevereiro reforçou a necessidade da medida, agora encerrada pela melhora do cenário.