O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) publicou o edital de licitação para contratação dos projetos básico e executivo de engenharia visando à duplicação de 56,6 quilômetros da BR-060, entre Campo Grande e Sidrolândia. A abertura das propostas está marcada para o dia 23 de julho e o valor de referência da concorrência é de R$ 6.060.121,98.
A duplicação do trecho é uma demanda antiga da população e dos setores produtivos da região, especialmente por ser a porta de entrada da Rota Bioceânica — corredor internacional que conectará Mato Grosso do Sul ao Chile, com escoamento da produção brasileira para o mercado asiático.
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Gerson Claro (PP), foi um dos principais articuladores da proposta. “A contratação do projeto executivo é uma conquista significativa. Esse trecho precisa estar à altura do papel estratégico que desempenha. Estamos confiantes de que a duplicação sairá do papel e se tornará realidade graças à união das forças políticas do Estado, da bancada federal e do governador Eduardo Riedel, junto ao Governo Federal”, destacou.
Viabilidade e impacto logístico
A expectativa é que a duplicação traga mais segurança e fluidez ao tráfego, atualmente sobrecarregado pelo aumento no fluxo de veículos pesados. O trecho registra tráfego intenso, impulsionado especialmente pelo funcionamento do Complexo Industrial da Inpasa, que movimenta cerca de 800 caminhões por dia. Pontos críticos incluem os acessos ao distrito de Capão Seco (MS-258) e ao frigorífico da JBS, onde o risco de acidentes é elevado.
A licitação foi autorizada por meio da Portaria nº 5.671/2024, assinada pelo diretor-geral do DNIT, Fabrício de Oliveira Galvão, que delegou ao superintendente regional do órgão em Mato Grosso do Sul, Euro Nunes, a responsabilidade pela condução do processo.
O que prevê o projeto
Conforme o edital da Concorrência nº 90126/2025, o projeto contemplará:
Duplicação a partir da rotatória da BR-262, na saída para Campo Grande;
Implantação de viaduto em frente à unidade da JBS;
Construção de ciclovia ao longo do trecho;
Cerca de 5 km de retornos operacionais;
Projetos de trevos e interseções para acessos ao gasoduto, estrada estadual da Serra da Urca (Bolicho Seco) e MS-258;
Duplicação com canteiro central até a entrada urbana da Avenida Dorvalino dos Santos.
A obra representa um passo essencial para a modernização da infraestrutura rodoviária do Estado e para consolidar Mato Grosso do Sul como hub logístico no Centro-Oeste brasileiro.
