A Polícia Federal poderá ficar encarregada das investigações sobre o atentado ao ônibus com estudantes indígenas ocorrido na noite de sexta-feira (5) no município de Miranda. De acordo com a Polícia Civil, as investigações sobre o crime já foram iniciadas assim como os depoimentos das testemunhas. O caso foi registrado como Explosão Qualificada e Lesão Corporal de natureza grave, porém a polícia não descarta a tentativa de homicídio e também a possibilidade de que tenha ocorrido um conflito interno entre indígenas.
A Polícia Civil informou que após os resultados dos laudos periciais comprovarem a natureza, gravidade e também estando comprovada a violação dos direitos de comunidade indígenas, as investigações serão repassadas para a Delegacia de Polícia Federal.
Quatro vítimas estão internadas em estado grave na Santa Casa de Campo Grande. Na noite de sexta-feira, o ônibus com cerca de 30 alunos que voltavam de Miranda, foi atacado com pedras no momento em que se aproximava das aldeias. Os vidros do veículo foram quebrados e o agressor ainda jogou um coquetel molotov no veículo, tentando incendiá-lo.
Lideranças indígenas Terena, alegam que o ataque tem relação à ameaças de morte e perseguições que os indígenas vêm sendo vítimas. O motivo seria o impasse das propriedades rurais como a fazenda Petrópolis e Charqueada, propriedades do ex-governador Pedro Pedrossian, que são alvos de disputa entre os índios e fazendeiros.