A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (14), um funcionário público da Caixa Econômica Federal suspeito de integrar uma organização criminosa que fraudava benefícios previdenciários e assistenciais por meio da inserção de dados falsos nos sistemas do banco e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A ação ocorreu em Nilópolis, na Baixada Fluminense, e é desdobramento da Operação Recupera, deflagrada na quarta-feira (13) para desarticular o grupo investigado. Segundo a PF, a organização teria causado um prejuízo superior a R$ 3 milhões, com benefícios fraudulentos ativos desde 2022.
O suspeito foi preso após mandado de prisão preventiva expedido na noite anterior. Ele foi flagrado por câmeras de segurança realizando saques reiterados na própria agência onde trabalhava, referentes a benefícios concedidos de forma irregular. As investigações apontam que, ao menos em cinco ocasiões, ele teria inserido dados falsos no sistema da Caixa e liberado cartões de débito para o grupo.
A Polícia Federal identificou uma rede criminosa formada por funcionários e ex-funcionários públicos, falsificadores de documentos e operadores responsáveis pelo saque e repasse dos valores. A operação contou com apoio da Caixa e do Ministério Público Federal.
Após prestar depoimento, o homem foi encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanece à disposição da Justiça Federal. Ele deve responder pelos crimes de organização criminosa e peculato eletrônico.
Em nota, a Caixa informou que, ao identificar indícios de ilícitos, atua em conjunto com órgãos de segurança pública nas investigações, ressaltando que as informações sobre esses casos são sigilosas e encaminhadas exclusivamente às autoridades competentes.